O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, respondeu às críticas do apresentador José Luiz Datena (PSDB) sobre a nacionalização da disputa, durante debate entre candidatos a prefeito promovido na noite da quinta-feira, 8, pela Band. “Eu vou comandar a Prefeitura, mas com a ajuda de Lula”, disse, após sua aliança com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ser questionada. “E aqui nós temos dois bolsonaristas, o bolsonarista envergonhado e o bolsonarista rejeitado”, completou.
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A crítica era direcionada, respectivamente, ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao ex-coach Pablo Marçal (PRTB).
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Nunes formou uma aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após meses de insistência e a prerrogativa de entregar a indicação do vice ao novo aliado. Pablo Marçal tentou aproveitar essa indefinição para ganhar o apoio de Bolsonaro, indo a Brasília atrás da aliança, que não foi concretizada.
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Datena, que levantou a bola para Boulos, disse não quer polarização entre representantes de Lula e Bolsonaro, se colocando como um candidato independente.
Nunes reclama de ‘joguinho’
Durante o debate, Ricardo Nunes insinuou que Datena estaria fazendo um “joguinho” com Boulos. Após ganhar um direito de resposta contra o apresentador, que escolheu o prefeito como alvo exclusivo da noite, Nunes pontuou que Datena já foi condenado por imputar crimes a inocentes.
“O apresentador José Luiz Datena já foi condenado por imputar crimes a pessoas inocentes. A honra da pessoa não pode ser atacada. Está claro o joguinho que ele está fazendo com o Boulos”, disse o prefeito. “É um grande apresentador, há quase 30 anos. Aqui não é um programa de televisão. Tenha respeito, candidato. Vai ganhar mais um processo”, completou.
Datena não gostou da insinuação e tentou responder – fora do seu tempo – “é o que você pensa”, se limitou a dizer.
Farpas entre Boulos e Marçal
No terceiro bloco do debate da Band entre candidatos a prefeito a de São Paulo, houve uma troca de acusações Boulos e Marçal.
Boulos disse que o adversário é um “ladrão de banco de Goiás” que atuaria como prefeito de São Paulo. “Fala o nome do banco, eu faço um Pix”, respondeu Marçal.
Na sequência, Marçal insinuou que o adversário faz uso de drogas, afirmando que ele vai à região central da cidade “atrás daquilo que mais te agrada”.
“Estamos diante de um psicopata”, disse Boulos sobre Marçal.
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Fonte: Estadão