Procedimento é fator de proteção até para mulheres com histórico de câncer na família
Amamentação reduz risco para câncer de mama
Uma mulher que amamenta no período de um ano tem 4,3% menos chances de contrair câncer de mama, aponta a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
“Os estudos apontam que, quanto mais tempo a mulher amamenta, menor vai ser o seu risco de desenvolver câncer de mama”, afirma Izabela Tamira, pediatra do Hospital Regional Norte (HRN). De acordo com a especialista, o nível de estrogênio no organismo da mulher não aumenta durante a amamentação.
“O estrogênio é um hormônio que, nos pacientes com desenvolvimento de câncer de mama, vai promover o surgimento, o crescimento desse tumor. Outro fator que também se associa a essa proteção é o desenvolvimento das células mamárias para se especializarem na produção do leite materno. Com esse processo, temos a eliminação de várias células que poderiam ter uma mutação e ser a origem do desenvolvimento do câncer de mama”, completa.
A médica ressalta, ainda, que a amamentação é um fator de proteção até para mulheres com histórico de câncer na família. “Para as mulheres com parente de primeiro grau com câncer, a amamentação vai ser muito útil para evitar o desenvolvimento de células neoplásicas”, completa. Além da redução do risco do câncer, a amamentação também previne problemas como pressão alta, colesterol alto, diabetes e obesidade.
As mulheres que não conseguem amamentar por motivos diversos podem realizar a ordenha para inibir a produção do estrogênio. “No momento da retirada do leite na ordenha, há esse estímulo à produção e o mecanismo é o mesmo. Por isso, doar também ajuda. Na medida em que a mulher esvazia a mama na amamentação e na doação, ela vai produzir uma maior quantidade de leite e o tempo de amamentação também se torna maior”, garante Izabela.
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