Ícone do site Portal GCMAIS

Covid-19: taxa de ocupação em UTI’s infantis é superior a 67%; especialista faz alerta sobre retorno às aulas

Covid-19 taxa de ocupação em UTIs infantis é superior a 67%; especialista faz alerta

Foto: PEBMED / Reprodução

Embora não figurem entre os grupos de risco, cresce o número de casos confirmados de coronavírus entre crianças no Ceará. Segundo o Integrasus, a taxa de ocupação das enfermarias infantis é estimada em 56,28%, enquanto as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), destinadas aos casos mais graves, têm ocupação estimada em 67,65%.

“As crianças pegam coronavírus desde o começo da pandemia, embora sejam casos mais leves. Percebemos que os casos entre esse grupo têm sido maiores nessa segunda onda, maior que na primeira”, comenta o médico pediatra Fabrício César Aderaldo Menezes, diretor técnico do Hospital Infantil Filantrópico Sopai, em Fortaleza.

A unidade, referência no atendimento infantil, apresenta crescimento nos leitos de enfermaria desde outubro. Nos últimos dois meses, a proporção de positividade subiu consideravelmente. Em dezembro, o aumento foi de 18%. Em janeiro, ficou em 35% até o dia 28 do mês. “Para mim, claramente houve uma piora. Tá diferente para pior. É a situação que temos”, lamenta o especialista.

Com o retorno às aulas presenciais, o médico orienta que os responsáveis devem cuidar com as crianças para redobrar os cuidados com a saúde nas ruas e na escola. “Os pais devem investir em educação, higienização, uso de máscara, tomar banho assim que chegar em casa. E mais que isso, conscientizar os adultos sobre o exemplo que eles devem dar para as crianças”, diz.

O Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), referência no atendimento infantil de crianças com coronavírus, mantém 20 leitos de UTI exclusivos para pacientes com a doença. Destes, 15 estão ocupados, o que equivale a uma taxa de 75%.

Publicidade

Embora não exista confirmação da nova cepa do vírus no Ceará, os pais devem ficar atentos por não existirem tantas informações sobre o impacto da doença neste grupo. “A gente ainda não confirmou se existe essa tendência [de casos mais graves entre crianças] com a nova cepa”, diz o médico especialista.

Desde março do ano passado, quando a pandemia começou no Ceará, 23.836 casos foram registrados entre crianças de zero a 14 anos. Somente na faixa etária de zero a quatro anos, foram 8.602 diagnósticos positivos. “Quanto mais nova for a criança, mais difícil é cobrar distanciamento social, uso de máscaras. Essa cobrança tem que ser diária, tem que ser assim. Os pais devem cobrar os protocolos às escolas, devem redobrar os cuidados em casa”.

Sair da versão mobile