SAÚDE

Longa jornada de trabalho pode ocasionar risco de morte por AVC ou derrame, aponta pesquisa

O estudo concluiu que trabalhar muitas horas por semana aumenta em 35% o risco de acidente vascular cerebral e em 17% o risco de falecer devido a cardiopatia isquêmica.

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19 de maio de 2021
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Segundo estudo conjunto realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado pela revista Environment International, longas jornadas de trabalho, com carga igual ou superior a 55 horas semanais, acarreta em risco de morte por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Longa jornada de trabalho pode ocasionar risco de morte por AVC ou derrame, aponta pesquisa
Foto: Unsplash

O estudo concluiu que trabalhar muitas horas por semana aumenta em 35% o risco de apresentar um acidente vascular cerebral e em 17% o risco de falecer devido à cardiopatia isquêmica se comparado com aqueles que têm uma jornada laboral de 35 a 40 horas na semana.

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A investigação foi realizada por análise global. Somente em 2016, as longas horas de trabalho derivaram em 398.000 pessoas mortas por acidente vascular cerebral e 347.000 de doença isquêmica do coração como resultado do trabalho excessivo. Entre 2000 e 2016, o número de mortes por doença isquêmica do coração aumentou 42% e os acidentes vasculares subiram 19%.

O cirurgião e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Dr. José Glauco Lobo Filho, ressalta que apesar do resultado da pesquisa apontar maior risco de morte por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais devido às longas horas de trabalho, uma análise científica deve ser realizada de forma mais concreta para entender todos esses índices.

“São inúmeros os fatores que levam um indivíduo a desenvolver problemas cardíacos. A diabetes, a hipertensão, as epidemias, a síndrome metabólica, as pessoas sedentárias que não praticam atividades físicas, o estresse, a má alimentação e a hereditariedade. Todas essas condições favorecem o desenvolvimento de doenças cardíacas. É todo um contexto”, analisou o médico.

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Dados utilizados como fundamento na pesquisa

Os dados foram coletados de 37 estudos de doença cardíaca isquêmica que incluíram mais de 768.000 participantes e 22 estudos sobre acidente vascular cerebral com mais de 839.000 participantes. O estudo cobriu os níveis global, regional e nacional e foi baseado em dados de mais de 2.300 pesquisas coletadas em 154 países entre 1970 e 2018.

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