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Uso da Coronavac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos é rejeitado pela Anvisa

O órgão concluiu que os dados apresentados até o momento pelo Instituto Butantan, desenvolvedor da vacina no país, não são suficientes para estabelecer um perfil de segurança confiável do imunizante à população infantil.

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18 de agosto de 2021
A10

Nesta quarta-feira (18), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou por unanimidade o pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac para menores de idade que tenham entre três e 17 anos no Brasil. A votação foi realizada nesta tarde.

Uso da Coronavac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos é rejeitado pela Anvisa
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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Uma análise técnica feita por membros do órgão concluiu que os dados apresentados até o momento pelo Instituto Butantan, desenvolvedor da vacina no país, não são suficientes para estabelecer um perfil de segurança confiável do imunizante à população infantil. “Dados robustos e informações mais consistentes podem ser apresentadas para que a gente reconsidere esta questão”, afirmou o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos. Em seu voto, a diretora Meiruze Souza Freitas, relatora da análise, foi contra o urso emergencial, mas recomendou a aplicação da terceira dose de reforço da Coronavac para idosos e imunossuprimidos, além de determinar que o Instituto Butantan apresentasse dados complementares e de acompanhamento da população adulta. Os diretores Rômison Rodrigues, Alex Machado, Cristiane Rose Jourdan e Antonio Barra Torres seguiram o voto da relatora.

Gustavo Mendes apontou incertezas sobre a duração da proteção oferecida pelas vacinas nas crianças com e sem comorbidades. Ele também afirmou que um número insuficiente de participantes para caracterizar o perfil dos três aos 17 anos, que foram apenas 586 nos estudos do Instituto Butantan, trouxeram outras incertezas sobre a pesquisa, assim como os detalhes dos subgrupos dentro dessas faixas etárias.

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Parte dos estudos analisados pela agência usam, em média, dois mil pessoas. “Se a gente tem uma população muito pequena, a gente não consegue nem observar as reações raras. E a gente sabe que as reações raras precisam ser investigadas, precisam ter um cuidado muito maior e precisam constar em bula para que as pessoas que são suscetíveis possam se proteger”, disse. Até o momento, o único imunizante liberado para menores de 18 anos no Brasil é o da Pfizer, que pode ser aplicado em qualquer um com mais de 12 anos.

 

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