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Exame de sangue pode detectar risco de complicações em pacientes com Covid-19, aponta pesquisa

Mutirão de tipagem sanguínea para pessoas com autismo vai até esta quarta-feira (29)

Foto: Tiago Stille/Governo do Ceará

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) estão desenvolvendo um teste de Covid-19 por meio de exame de sangue que pode detectar se uma pessoa com a doença vai precisar ou não de internação hospitalar.

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O teste em desenvolvimento utiliza uma técnica rápida, com capacidade de analisar moléculas, como explica o pesquisador Giuseppe Palmisano, coordenador do projeto.

“Nós identificamos um grupo de moléculas cujo nível está significativamente mais elevado no plasma de pacientes com a forma grave da COVID-19, com destaque para as proteínas SAA1 e a SAA2 – são produzidas no fígado e têm potencial inflamatório. Nossa proposta é que essa análise do plasma seja feita assim que a pessoa tiver o diagnóstico confirmado pelo teste de RT-PCR. E, caso ela apresente o perfil de alto risco, o médico já poderia adotar uma conduta mais direcionada”, conta.

O teste, que será feito por meio de exame de sangue, terá chances de chegar a toda a população, segundo Palmisano. “O teste tem alta chance de ser vendido e de ser distribuído para o público por meio do Sistema Único de Saúde para todos os hospitais do Brasil, pois as metodologias usadas nele e os equipamentos estão disponíveis em vários laboratórios clínicos. Além disso, será um teste não invasivo”, diz. Mas ainda não há expectativa de quando o exame estará disponível.

O teste, que ainda está em fase de estudo preliminar, foi publicado na revista internacional Life Science Alliance e revisado por pares. Além disso, os pesquisadores ainda precisam ampliar o número de amostras. Ou seja,  incluir mais pacientes no teste.

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As conclusões da pesquisa, até agora, se baseiam em análises feitas com amostras de 117 pacientes com Covid-19 atendidos no Instituto do Coração. Os voluntários que tiveram amostras incluídas no estudo foram separados por idade, sexo e comorbidades, para que os resultados fossem comparáveis.

Questionado sobre as diferenças entre o teste em desenvolvimento e os que já existem ou estão em desenvolvimento, o coordenador do estudo explicou as particularidades do exame.

“Ainda não existe um teste clínico para predizer o risco de hospitalização. Todos os testes propostos estão em fase de desenvolvimento ou validação. O teste que a gente desenvolveu utiliza pequena quantidade de amostra, plasma, é relativamente barato e pode ser logo implementado em laboratório clínicos”.

Atualmente, os testes em uso no Brasil são:

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