O caso do bebê prematuro de 8 meses que nasceu com uma cauda de 12 centímetros e uma bola na ponta, em Fortaleza, é o primeiro no Brasil a ser publicado em uma revista científica. Nas imagens divulgadas pelo Journal of Pediatric Surgery Case Reports, a cauda possuía uma esfera de tecido conjuntivo e gordura.
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A criança foi avaliada pela equipe médica, que retirou a cauda uma semana após a internação no Hospital Infantil Albert Sabin. Apesar do parto ter acontecido em janeiro de 2021, a revista só divulgou as informações em março deste ano.
A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) ressalta que não houve nenhum prejuízo para a criança, que passa bem. Como não havia nervos ou osso na cauda do bebê, a cirurgia foi de menor complexidade.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza, o médico-cirurgião do Hospital Albert Sabin e um dos autores do relatório, Humberto Forte, relatou que essa formação ocorreu por uma alteração na regressão da cauda embrionária, um caso raríssimo no mundo. Ouça:
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Em todo o mundo, só foram contabilizados 40 casos similares. Caudas humanas são anomalias raras e localizadas no meio da parte inferior da coluna vertebral, como reforça Humberto Forte.
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O relatório também informa que a mãe da criança fez oito consultas pré-natais durante a gestação. Aos médicos, ela disse que não consumiu álcool ou drogas ilícitas. No entanto, continuou fumando cerca de 10 cigarros por dia. Apesar disso, não há confirmação de uma relação direta entre o consumo de cigarro e o crescimento da cauda.
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