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Dia Mundial de Luta contra a Aids: diagnóstico precoce e tratamento oportuno são importantes para controle da doença

Dia Mundial de Luta contra a Aids: diagnóstico precoce e tratamento oportuno são importantes para controle da doença

Foto: Pexels

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado nesta quarta-feira (1º). Na data, especialistas lembram dos avanços já obtidos em relação à infecção e comemoram o novo remédio aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com somente um comprimido para o tratamento. Isso é considerado um avanço porque facilita o tratamento e aumenta a adesão dos pacientes.

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O Ministério da Saúde afirma que fortalecer o diagnóstico precoce e garantir o tratamento oportuno, além da expansão da oferta das profilaxias do HIV (PrEP e PEP), são os pontos centrais da política relacionada ao HIV/Aids.

“Desde 2017, a pasta adotou a ‘Prevenção Combinada’, que associa diferentes métodos de prevenção ao HIV, conforme as características e o momento de vida de cada pessoa. Entre os métodos que podem ser combinados, estão: a testagem regular para o HIV; a prevenção da transmissão vertical; o tratamento das IST e das hepatites virais; a imunização para as hepatites A e B; ações de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias; profilaxia pré-exposição (PrEP); profilaxia pós-exposição (PEP); e o tratamento de pessoas que já vivem com HIV, além de preservativos (masculino e feminino)”, afirmou o ministério, em nota.

Valéria Paes, médica infectologista, explica que, hoje em dia, há medicamentos altamente efetivos. Segundo ela, há uma combinação de dois a três medicamentos antirretrovirais, que são de uso diário. Com eles, é possível manter o controle da replicação do vírus e a doença estabilizada. Recuperar a imunidade do paciente é o objetivo do tratamento, conforme a médica. Esses foram os principais progressos nos últimos anos.

“Avançamos muito também nessas novas opções, com menos efeitos colaterais, e com um número menor de comprimidos. A pessoa que inicia o tratamento antirretroviral hoje faz uso de apenas dois comprimidos diários. Os dois comprimidos no mesmo horário”, explica.

Outro avanço seria o medicamento injetável, que não depende de uso diário e, além disso, há uma grande expectativa na descoberta da cura da infecção pelo HIV.

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A médica infectologista esclarece também que, quando essa pessoa que está utilizando medicamentos, e alcança o controle do vírus, é preciso fazer somente duas consultas anuais para verificar a situação da infecção, e a saúde do indivíduo como um todo. Portanto, é totalmente possível que alguém que contraiu o vírus tenha uma vida normal e produtiva.

“Os principais problemas que a gente tem hoje é quando por algum motivo a pessoa não consegue fazer uso da medicação, ou ter acesso ao tratamento. Quando o diagnóstico chega tardiamente, e o tratamento é feito numa fase muito avançada, é mais complexo, requer um pouco mais de cuidado, mas é importante reforçar que sempre é possível recuperar”, lembra.

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Maciel Ferreira, 26 anos, universitário, descobriu que contraiu o vírus em 2015. Desde então, tem se tratado.

“Apesar do estigma, do preconceito relacionado à doença, eu convivo com o vírus normalmente e isso não atrapalha em nada a minha vida.  O tratamento é simples, tomo a medicação apenas uma vez ao dia durante a manhã, vira uma rotina e é difícil esquecer”, afirma.

Segundo o jovem, os médicos sempre recomendaram a ele evitar o consumo de bebidas alcoólicas, pois pode atrapalhar o tratamento. Além disso, é necessário evitar também drogas e anabolizantes. No caso dele, a carga viral se tornou indetectável, portanto, o vírus não é transmitido durante as relações sexuais.

Com o protocolo de um pacote de medidas instituídas, é possível evitar a transmissão de mãe para filho, a chamada transmissão vertical. Para isso também é necessário que ela esteja em acompanhamento regular e em uso das medicações. Infelizmente, a mãe com HIV não poderá amamentar, mas pode, sim, gerar uma criança e não a contaminar.

Dia Mundial de luta contra a Aids

A Aids é causada pelo vírus HIV, que interfere na capacidade do organismo de combater infecções.

O vírus pode ser transmitido pelo contato com sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados. Algumas semanas depois da infecção pelo HIV, podem ocorrer sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga. A doença costuma ser assintomática até evoluir para Aids. Os sintomas da Aids incluem perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes.

Não existe cura para a Aids, mas uma adesão estrita aos regimes antirretrovirais (ARVs) pode retardar significativamente o progresso da doença, bem como prevenir infecções secundárias e complicações. Hoje sabe-se que quem vive com HIV, mas está com a carga viral indetectável há mais de seis meses, não transmite o vírus a outras pessoas.

Fortaleza dispõe de uma rede que possibilita o diagnóstico oportuno de HIV/Aids, com oferta de testes nos postos de saúde e nos serviços ambulatoriais especializados, além do Centro de Testagem e Aconselhamento. Todo o processo é sigiloso e o resultado sai em até 30 minutos. O atendimento envolve, ainda, o aconselhamento pós-teste, no qual o profissional tira dúvidas sobre o resultado e faz os devidos encaminhamentos para os casos diagnosticados reagentes.

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