Um pesquisador do Chipre descobriu uma cepa do novo coronavírus que combina as variantes Delta e Ômicron, batizada de ‘Deltacron’. Segundo o professor de ciências biológicas da Universidade de Chipre, Leondios Kostrikis, foi possível constatar as assinaturas genéticas da Ômicron dentro do genoma da cepa delta. A informação foi repassada à agência de notícias Bloomberg.
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Até agora, foram confirmados 25 casos da variante ‘Deltacron’. “Veremos no futuro se esta cepa é mais patogênica ou contagiosa ou se vai prevalecer” ante as duas cepas dominantes – delta e ômicron -, disse Kostrikis em entrevista à Sigma TV na última semana.
As variantes do coronavírus, causador da Covid-19, são uma realidade e têm levantado muitas dúvidas. De acordo com o infectologistas, as mutações já eram esperadas, visto que as alterações são características de qualquer vírus (a exemplo do H1N1).
O acompanhamento das variações é feito por cientistas desde o início da pandemia, mas elas preocuparam especialistas e a sociedade quando as novas características passaram a potencializar a capacidade do coronavírus de transmissão e resistência aos anticorpos.
A variante Delta é originária da Índia, e mais transmissível que a cepa original, conforme o infectologista Keny Colares. “É duas vezes mais transmissível e tem, não tanto quanto a Beta, a capacidade de contornar os nossos mecanismos de defesa”, detalha o infectologista. Com essas duas características, a mutação merece mais atenção. “A variante mostrou-se um problema por onde passou”, alerta.
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Já o surgimento da Ômicron, nova variante de covid-19 confirmada em regiões da África, preocupa especialistas internacionais de saúde. O nome da cepa faz alusão à letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa letras do alfabeto grego para denominar as variantes importantes do novo coronavírus. A última variante registrada havia sido a Mu, que deveria ser seguida das letras gregas Nu (equivalente ao N) e Xi. As letras, no entanto, poderiam causar confusão, já que Nu em inglês tem pronúncia quase idêntica à palavra new (novo).
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