Nesta sexta-feira (27), o Ministério da Saúde da Argentina confirmou o primeiro caso da varíola dos macacos no país, que também é o primeiro da América Latina. De acordo com a imprensa local, o paciente voltou de uma viagem à Espanha e procurou atendimento em um hospital de Buenos Aires no último domingo (22), com lesões pelo corpo e febre.
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Varíola dos macacos na Argentina
Cerca de 300 casos tiveram confirmação em 22 países desde 7 de maio, quando o primeiro paciente foi diagnosticado com a doença no Reino Unido.
“Achamos que a prioridade atualmente é tentar conter essa transmissão em países não endêmicos”, disse a chefe da Divisão Global de Preparação para Riscos Infecciosos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Sylvie Briand, durante uma reunião da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
O governo da Argentina aguarda os resultados dos testes de sequenciamento do vírus para ter mais detalhes sobre o tipo de varíola dos macacos que causou a infecção. “Estamos aguardando o sequenciamento para poder saber se é um tipo leve, como os que circulam na Europa ou se é mais grave”, disse uma fonte oficial à imprensa argentina.
O porta-voz informou que o paciente está em boas condições gerais e permaneceu isolado enquanto recebeu tratamento.
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Governo cria comissão para acompanhar casos da doença
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) constituiu, em caráter consultivo, uma Câmara Técnica Temporária de pesquisa denominada CâmaraPox MCTI, para acompanhar os desdobramentos científicos sobre o vírus monkeypox, conhecido como “varíola dos macacos’.
A medida de vigilância científica, por meio da consulta aos especialistas, é necessária diante dos casos de infecção registrados no Reino Unido, Portugal, Espanha e Estados Unidos em maio de 2022, no entanto, segundo a pasta, até o momento, não há registros de casos varíola dos macacos em território brasileiro.