Parem de nos matar
Os noticiários divulgam, constantemente, casos de violência contra mulher. Essa é uma das principais violações do direito de ser humano.
Em Ocara, no Maciço de Baturité, dia 19 de outubro, um homem atirou no rosto da esposa, no dia do aniversário dela. No mesmo dia, em Limoeiro do Norte, outro homem foi capaz de matar a própria sogra, queimada, para “chamar a atenção da esposa”, como ele mesmo disse. Em 17 de outubro, no município de Araripe, uma mulher foi libertada do cárcere privado em que era mantida pelo ex-marido – torturada, sem direito a comida e água. Ele foi preso e confirmou para polícia que fez tudo isso por ciúmes.
Esses tipos de relação não são de amor. Amor não mata, não faz sofrer, não machuca e nem faz você se sentir insegura.
De acordo com o Anuário da Segurança Pública, em 2020, mais de 2 mil mulheres foram agredidas no Ceará. 778 mulheres foram estupradas. E o mais desesperador: Não há, nesse período, nenhum registro de pedido de ajuda pelo número 190, o telefone da Polícia.
Nós, mulheres, não podemos aceitar menos do que a nossa liberdade e o nosso direito à nossa integridade preservada. As violências não se configuram, apenas, em físicas e sexuais. Há também as psicológicas, morais, e patrimoniais. Então, ao menor sinal de agressão, indícios de uma relação abusiva, denuncie! Ligue para 180, número específico para denúncias de violência.
E vocês, homens, aprendam a nos respeitar. Não somos objetos de pertencimento. Somos livres. Parem de nos matar.
Marília Perdigão é jornalista e editora do Jornal da Cidade, da TV Cidade Fortaleza
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