A comunicação digital, por vezes, é confundida ou limitada ao marketing de redes sociais. Ou seja, para muitas marcas ou personalidades estar no Instagram, por exemplo, é o suficiente para ter presença digital. Trata-se de um investimento importante, claro, mas que não deve ser entendido como único.
A pandemia e as necessárias medidas de isolamento social reforçaram o quão dependentes nos tornamos da Internet e como, com mais ou menos habilidade para uso dos dispositivos, alteramos nosso comportamento de consumo de produtos, serviços e informações. Estamos cada vez mais conectados, cada vez mais nos smartphones e cada vez mais ativos no que, antes, chamávamos de segunda tela.
Isso significa dizer que a presença digital deve ser construída de maneira menos burocrática, com status de estratégica. O discurso aparentemente óbvio, na verdade, revela um dever de casa importante para qualquer organização, independente do porte ou segmento. Estar no digital é reconhecer claramente como o seu público está no digital, é refletir sobre o comportamento e a rotina que se quer construir para a manutenção dos vínculos também neste espaço e, no planejamento, direcionar investimentos (sim, a comunicação digital pressupõe investimentos!) em capital intelectual e mídia.
O investimento em profissionais é importante para que o trabalho tenha objetivo, ancore-se em conteúdo relevante e preveja ferramentas de acompanhamento e mensuração. O investimento em mídia é importante para que o trabalho preveja marketing de redes sociais, mas também marketing digital e, a depender do segmento, marketing de conteúdo.
Se ganhar continuidade, este conjunto de ações e soluções se converte em política, em uma verdadeira política de comunicação digital. Sei que estamos pressionados pelo tempo, pelas circunstâncias atípicas e pelo orçamento mais curto, mas só com uma “virada de chave” efetiva seremos relevantes também digitalmente.