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A difícil arte de empreender no Brasil

Abrir uma empresa no Brasil nunca foi das tarefas mais fáceis, no entanto, nos últimos anos, tão difícil quanto abrir, tem sido se manter aberto. Na seara das contas de consumo, temos a criação de bandeiras tarifárias, no caso da companhia energética, temos a criação de tarifas de contingências, no caso da companhia de água e esgoto, temos a criação de pacotes de internet limitada, bem como cobrança pelo tráfego de dados e a criação de diversos pacotes de serviços que nos damos por satisfeitos sem entender mesmo de onde vem tanta cobrança.

Na seara federal, temos os aumentos de impostos de gás de cozinha, de combustíveis, de energia. Na seara estadual, temos os aumentos de impostos, como ITCD sobre doação de 2% e 4% para 2%, 4%, 6% e 8%, IPVA de 2,5% para 3% e 3,5%, criação de um Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal para empresas que têm Benefícios Fiscais passarem a pagar mais 10% com base no benefício que obtém. E não param por aqui. Não podemos esquecer ainda o impacto da pandemia nos empreendedores. Jogados à própria sorte, sem ajudas claras das esferas administrativas citadas, buscam sobreviver e, claro, sem esquecer das pagar os impostos. Ainda de forma tímida e até tardia, os governos estadual e municipal anunciaram pacotes de medidas para um alívio fiscal aos empresários. Com mais de um ano de pandemia e o lockdown que limitou o funcionamento de muitos negócios. No âmbito municipal, a renegociação de dívidas, suspensão de pagamento de permissões para ambulantes, adiamento de juros e para alguns setores o pagamento do Imposto Sobre Serviço (ISS) foi adiado por três meses.

Em todas as esferas do Estado brasileiro a carga tributária vai se revelando, cabe então ao empreendedor fazer muito bem as contas e ajustar ao seu plano de negócios. Além disso, temos que comprar, estocar, revender, pagar impostos sem ter recebido a mercadoria, pagar duplicatas sem ter recebido a mercadoria, correr riscos de perdas, furtos, roubos, fraudes, recrutar, selecionar, contratar, demitir, pagar a folha e seus encargos mensalmente, mesmo quando não tenha condições, pagar contador, advogado, publicitários e outros, não saber a qual sindicato ou federação atender.

Corremos riscos de fiscalizações municipal, estadual e federal, tais como, autuações por agência de fiscalização da prefeitura por não ter placa de atendimento prioritário, além de efetivamente termos atendimento prioritário, por não ter placa informando que tem o Código de Defesa do Consumidor, além de efetivamente termos o CDC, dentre outros…

Por fim, “lucro”. Ah… Perdão às instituições financeiras, já ia esquecendo das altas taxas de juros e tarifas bancárias.

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