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La Casa de Papel 5: uma série ou um reality?

ALERTA DE SPOILER – A tão esperada quinta parte de La Casa de Papel estreou na última sexta-feira (3) e já se tornou um dos assuntos mais comentados no mundo inteiro. O volume 1 da Parte 5 é o mais visto da Netflix Brasil desde a estreia. A seguir, vamos comentar alguns aspectos dessa obra que tem ganhado cada vez mais tom de reality do que propriamente de série.

Atenção: o texto tem spoilers! Se você chegou até aqui, então é porque já assistiu aos cinco episódios disponíveis e deseja saber mais. Então, sinta-se avisado.

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Para começar, precisamos comentar a reviravolta que acontece no encontro entre o Professor (Álvaro Morte) e inspetora Alicia Sierra (Najwa Nimri). É surpreendente, porém angustiante. Mesmo prestes a dar à luz, ela não perde o seu terrível estilo torturador. O mais inusitado é o fato do Professor ter que fazer o parto da ex-policial. A cena acontece no momento certo em relação à história e traz um tom cômico que chega a ser bizarro, pois, não querendo dar o braço a torcer, Sierra quer parir sozinha. Contudo, percebe que isso não é possível e solta o Professor.

A guerra destrói a história

Tem muitos tiros, tem muitas explosões e tem até socos para lá e para cá. Essa é a temporada que ressalta bem o gênero guerra que entra na história a partir do conflito dos assaltantes com um esquadrão de elite exterminador do exército espanhol. As cenas de ação são de tirar o fôlego. Para completar a bagunça, Arturo Román (Enrique Arce), o Arturito, junto com outros reféns tentam enfrentar a equipe do Professor e para isso ele utiliza – acreditem! – um lança chamas. Loucura, não é mesmo? Estocolmo (Esther Acebo) não gostou nenhum pouco disso e resolveu a situação de forma drástica.

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História paralela em La Casa de Papel

Paralelamente ao drama que os assaltantes da Casa do Ouro vivem, La Casa de Papel Parte 5 traz outra narrativa em que Berlim (Pedro Alonso) aparece ensinando seu filho (Patrick Criado) a roubar. Até o final do volume 1, as cenas parecem desconectadas da história principal, porém sabemos que não é praxe dos roteiristas fazerem isso. Então, o volume 2 que chega em dezembro deve fazer a devida costura com os planos do Professor. Até lá, resta-nos esperar.

Entretanto, vale destacar que a história, apesar de acontecer de forma paralela, não é – e nem poderia ser, afinal estamos falando de Berlim, um personagem que conquistou o público já na primeira temporada – desinteressante. Em alguns momentos, parece que estamos assistindo a uma versão ilícita de 007 ou mesmo de Missão Impossível. Digo ilícita, pois em vez de defender algo ou alguém, Berlim e o filho tramam um roubo meticuloso e ousado.

O impacto de La Casa de Papel 5

O maior impacto de quem assistiu ao volume 1, com certeza, é a morte de Tóquio (Úrsula Corberó). O último capítulo é quase uma ode à personagem que em muitos momentos fez a narrativa andar com suas ações impulsivas. No episódio, o público conhece a história, ou melhor as vidas, de Tóquio com mais detalhes.

A morte dela em La Casa de Papel foi como a atuação de Úrsula Corberó: um espetáculo. Ela já tinha deixado sua marca na série, porém a forma como morre é realmente um regalo para os fãs, pois ela explode junto com Gandía (José Manuel Poga), assassino de Nairóbi (Alba Flores). A morte dela não foi em vão, foi também pela personagem que encantou o mundo com seu jeito matriarcal de ser. Ah vale destacar que Nairóbi tem participação especial nessa nova temporada.

Uma série ou reality?

As gravações de La Casa de Papel ganharam documentários na própria Netflix e, por isso, podemos dizer que, além de ser uma série, essa produção ganhou tons de reality. Os fãs querem saber como cada detalhe foi construído, foi pensado… Como os atores trabalharam, sobretudo, no período de pandemia… A despedia de Nairóbi já tinha emocionado o público na temporada passada. Dessa vez, a despedida de Tóquio emocionou todo o set.

Em outras ocasiões, já havia mencionado que essa série se tornou uma obra cinematográfica por reunir diferentes gêneros em uma mesma produção. O trabalho de pesquisa merece ser reconhecido, pois, além de um roteiro que sempre surpreende, a série caminha do pop ao clássico com muita maestria. Consegue oferecer aos expectadores fruição do início ao fim, a ponto de, muitas vezes, deixá-los com o coração acelerado.

Por fim, não podemos deixar de citar que o volume 1 da Parte 5 termina já anunciando o que os fãs sentirão ao final da série. A escolha por um fado para encerrar o último capítulo não foi aleatória. Com certeza, o saudosismo em relação aos personagens vai ser grande quando essa história tiver um ponto final. Sentiremos falta de todas as cidades!

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