Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o ano de 2022 é estimado o diagnóstico de 6.650 novos casos de câncer de ovário por ano. A doença ocupa o quinto lugar de mortes por câncer entre as mulheres.
A prevenção ao câncer de ovário deve começar a partir dos 50 anos, quando tem maior prevalência. No entanto, mulheres que têm histórico de endometriose, menstruação precoce e menopausa tardia devem ter atenção mais cedo, pois são fatores de risco, além dos agentes hereditários. A oncologista do Sistema Hapvida, Ana Paula Banhos, faz um alerta para alguns sin
tomas que podem ser indicativos da doença:
“É um câncer silencioso, que pode ocorrer em mulheres de outras faixas-etárias, mais jovens, e é marcado por um aumento do volume abdominal, perda do apetite, alterações para urinar ou evacuar e fraqueza”.
Este tipo de câncer pode ser detectado a partir de massas encontradas na região do ovário e pela a ascite, o acúmulo anormal de líquido no abdômen. Como todos os tumores, necessita de uma amostra de biópsia, além de outros exames mais específicos para a verificação exata da presença de células cancerígenas.
Para o tratamento, a especialista afirma que varia de acordo com a extensão e localização do tumor apresentado e ressalta a importância de um diagnóstico preciso: “O tratamento adequado vai depender do estágio clínico do tumor. Se é um estágio clínico inicial, às vezes, precisa apenas de cirurgia que, a depender do subtipo, do grau do tumor, já resolve. Se for um estágio clínico mais avançado, vamos precisar de quimioterapia e cirurgia, além da radioterapia em alguns casos”.
Os dados do INCA ainda apontam que o risco de uma mulher desenvolver o tumor ovariano ao longo da vida é de 1 em 78, e as chances de morte de 1 em 108, mas os números não levam em consideração os casos de baixo risco. Nos últimos 20 anos, a taxa de diagnósticos de câncer de ovário tem caído lentamente.