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Osteoporose é uma doença silenciosa que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil

Osteoporose é uma doença silenciosa que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil

Foto: Pexels

Conhecida como uma doença silenciosa, a osteoporose é um mal que acomete principalmente as mulheres. O público feminino desenvolve a doença mais cedo, se comparado ao masculino. A doença tende a evoluir somente após os setenta anos, nos homens. De acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil. É uma doença muito comum no país, que pode ocasionar fraturas, dores intensas, incapacidade para executar tarefas rotineiras, além da perda da qualidade de vida e autonomia, se não for tratada.

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Um dos fatores que tornam as mulheres mais suscetíveis a desenvolver a osteoporose é a diminuição do estrogênio após a menopausa e também se houver casos de osteoporose na família. O ortopedista do Sistema Hapvida, Paulo Augusto, explica a importância de fazer um exame preventivo nas mulheres após o último ciclo. “Parou a menstruação, tem que fazer o exame depois de um ano. Fazer o exame de Densitometria Óssea é fundamental para saber se está com osteoporose ou com osteopenia, que é a diminuição da qualidade do osso”.

Este exame é importante justamente porque a doença começa de forma insidiosa, como afirma o ortopedista. “Ela vem chegando de maneira que você não percebe. Mas ela dá alguns sinais, que são fraturas no punho ou próximas do úmero. Isso chama a atenção para pacientes que possuem histórico familiar”, lembra.

Osteoporose é uma doença silenciosa

A aposentada Silvana Barbosa, 54, é uma das pessoas que tinha osteoporose e não sabia. Ela descobriu a doença no ano passado, após o exame de densitometria óssea. Apesar de já sofrer com várias dores na coluna, não imaginava que tinha desenvolvido a doença. Por conta disso, hoje, coisas simples do dia a dia, não podem mais fazer parte da sua rotina.

“Eu descobri que já tinha problema na coluna, mas não sabia que eu tinha osteoporose. Já não faço mais, o que eu realizava antes. Se eu varrer a casa, já sinto dores. Não posso carregar peso, não posso ficar muito tempo sentada na mesma posição, não posso usar sapato alto, não posso lavar uma roupa, por conta da osteoporose”, relata.

Mas se engana quem pensa que apenas as mulheres, após a menopausa, podem desenvolver a doença. O médico afirma que uma mulher jovem pode desenvolver a doença, quando retira os ovários e o útero. A outra forma de evoluir a osteoporose é por desuso. Uma pessoa que não anda, uma pessoa que tem uma fratura e fica imobilizada por um bom tempo, também pode desenvolvê-la.

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Apesar da possibilidade de grande parte da população ter osteoporose, há algumas dicas que podem ser realizadas, com o intuito de prevenir a doença: “atividade física regular, banho de sol pela manhã e finalzinho da tarde, alimentação rica em cálcio, consumo de peixe e, de preferência sardinha pelo menos duas vezes na semana, verduras escuras como brócolis, couve, agrião, rúcula, derivados do leite e castanhas”, afirma o ortopedista.

Já o tratamento para o portador da doença tem muito a ver com a forma de prevenção. Para isto, é preciso praticar exercícios de baixo e médio impacto como caminhadas e corridas leves, alimentação, banho de sol e medicações.

Há alguns comprimidos que ajudam principalmente nas dores, como é o caso da Silvana, que toma de seis em seis horas, quando as sente, ou para evitá-las. O uso dos medicamentos pode ser feito por semana, mensalmente ou durante todo um ano de maneira intravenosa. Exames de sangue também auxiliam no tratamento para saber se o nível de cálcio está baixo, assim como a vitamina D.

Mesmo quem não acredita que possa ter a doença é importante fazer visitas ao ortopedista, principalmente se há predisposição hereditária ou se já está em climatério. O exame é prático e pode ajudar na prevenção e tratamento.

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