Entre as preocupações com o meio ambiente, está a questão do descarte correto do lixo. E um dos principais motivos é o fato de que diversas são as doenças que ainda hoje afetam a população por causa de resíduos descartados de forma inapropriada. Leptospirose, dengue e tétano são algumas das enfermidades que têm prejudicado, de modo particular, os cearenses, segundo as pesquisadoras Andressa Gomes e Mônica Belém sinalizaram em um de seus artigos sobre o lixo como fator de risco à saúde pública em Fortaleza.
De modo geral, o lixo pode ser classificado, a partir de sua origem, em três categorias: lixo residencial, que é aquele produzido nas casas e é composto por restos de alimentos, papéis, embalagens, garrafas, etc.; lixo comercial, que é aquele produzido por empresas de produtos e de serviços, como bares, restaurantes, lojas, entre outras; lixo público, que é aquele encontrado nas ruas, praças e avenidas de uma cidade. A partir desses diferentes tipos de lixo, surgem as doenças. Vale destacar que o lixo acumulado se torna foco de transmissores de doenças.
Os transmissores são, em sua maioria, bichos que entram em contato com o lixo e, em seguida, com os seres humanos ou mesmo com algo que é por eles utilizado, como um copo, talher ou mesmo alimento. As moscas e as baratas, por exemplo, transmitem doenças por meio de suas patas, asas e fezes. Já os mosquitos podem transmitir por meio da picada. Já os ratos podem levar doenças para uma pessoa por meio da saliva, da urina e das fezes. E esses transmissores encontram ambiente favorável para viver no acúmulo do lixo. Por isso, é preciso estar atento.
Transmissores e doenças relacionadas ao lixo
- Mosquitos: dengue, febre-amarela, arboviroses, elefantíase, malária, chikungunya;
- Moscas: giardíase, disenteria, amebíase, cólera, salmonelose;
- Baratas e formigas: giardíase, cólera e diarreia;
- Ratos: leptospirose, peste bubônica, tifo.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Coleta de lixo em Fortaleza
Em Fortaleza, o serviço de coleta de lixo acontece três vezes por semana nos bairros e todos os dias na Avenida Beira Mar e também no Centro da cidade. Para atender às diferentes realidades, a Prefeitura dispõe de quatro modalidades de coleta, são elas: caminhão compactador, micro coletor, moto gari e gari comunitário. O modal é escolhido de acordo com a necessidade da região.
A forma mais tradicional de coleta domiciliar ocorre com auxílio do caminhão compactador, que passa nas ruas levando os profissionais que, por sua vez, descem do caminhão para recolher o lixo nas portas das casas e depois depositam os resíduos no veículo. Quando a área não permite a passagem do caminhão, opta-se pelo micro coletor, seguindo a mesma logística da atividade.
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Já para atender comunidades com ruas estreitas e de difícil acesso, a Prefeitura conta com os serviços de moto gari ou gari comunitário. A primeira opção é realizada com auxílio de uma moto e um contêiner acoplado ao veículo. Feita a coleta, ele se encaminha até uma área de rota do caminhão compactador e deposita o material recolhido no caminhão.