Projeto do Quilombo da Xambá, comandado pela Zarina Moda Afro, apresenta histórias no trabalho com tecidos africanos e pesquisas realizadas em Moçambique e África do Sul.
Caixa Cultural Fortaleza promove oficina e vivência moda preta autoral
A CAIXA Cultural de Fortaleza apresenta, de 15 a 18 de novembro, a Oficina e Vivência Moda Preta Autoral, com acesso gratuito mediante inscrição. O projeto traz reflexões teóricas e práticas sobre a moda preta decolonializada, afro-referenciada e afro-diaspórica, tomando como base as experiências de Jéssica Zarina e Rodrigo Zarina à frente da Zarina Moda Afro. O produto é resultado dos intercâmbios culturais dos curadores em países como África do Sul e Moçambique, e, também, com experimentações práticas. As inscrições iniciam dia 07 (terça-feira) e devem ser realizadas pelo site www.caixacultural.gov.br, as vagas são limitadas.
A concepção do projeto é da Zarina Moda Afro (moda preta autoral pernambucana), do Quilombo da Xambá de Olinda/PE, e os facilitadores, Jéssica e Rodrigo Zarina, estarão presentes, mostrando sua experiência com a moda baseada nos tecidos africanos. A oficina é acessível para pessoas surdas, contando com intérprete de libras em todos os dias de realização.
“A moda se descreve muito além de uma roupa ou acessório, mas é através da linguagem corporal para além do vestir que ela se manifesta – possibilitando a nossa comunicação com o mundo”, afirma Jéssica Zarina. Assim, o objetivo do evento é apresentar outro ponto de vista da moda afro-brasileira em diáspora, tendo como ponto de partida costumes, expressões, estilos de vida, identidade, afirmação, cultura, ancestralidade e afins.
Zarina Moda Afro:
A Zarina Moda Afro surgiu em 2015, das mãos de dois artistas pretos da periferia: Jéssica Zarina, 29 anos, mulher negra, candomblecista, bailarina afro, atriz, modelo, produtora cultural e artesã; estilista, e, também de Rodrigo Zarina, 32 anos, homem negro, candomblecista, músico percursionista, produtor cultural, estilista, costureiro e modelista. Juntos, há mais de oito anos, eles têm um ateliê, na sala de casa, no Quilombo de Xambá, em Olinda, na região Metropolitana do Recife.
Decolonizar a moda
A oficina e vivência Moda Preta Autoral tem por objetivo a construção social e profissional de narrativas negras na moda por meio da valorização e instrumentalização dos saberes ancestrais.
O racismo se manifesta em todos os segmentos sociais. Na moda, esse cenário também é excludente. A teoria decolonial é uma crítica aos efeitos duradouros e estruturais do colonialismo nas sociedades contemporâneas. Dessa forma, é necessária a ampliação da visão sobre a moda negra, o entendimento do valor ancestral, do resgate da identidade e o poder das reflexões sobre situações de violência ou de enfrentamento à exclusão.
Serviço:
Oficina e Vivência Moda Preta Autoral
Local: Sala de ensaio GA – CAIXA Cultural Fortaleza
Data: 15 a 18 de novembro
Horário: 16h
Inscrições: gratuita no site: www.caixacultural.gov.br
Carga horária: 12 horas
Classificação indicativa: A partir de 16 anos;
Capacidade: 20 lugares
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (85) 3453.2770 | www.caixacultural.gov.br
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