As qualificações profissionais são voltadas à inserção produtiva da população em situação de vulnerabilidade social
Saiba como ter acesso aos cursos profissionalizantes do Governo do Estado
Foi pelas redes sociais que a vendedora Vládia Nogueira descobriu que poderia mudar de vida fazendo cursos gratuitos. A oportunidade era por meio do programa Criando Oportunidades, do Governo do Estado. O curso escolhido foi o de depiladora, que é oferecido no Centro de Inclusão Tecnológica e Social (CITS), localizado no bairro Parque São José, em Fortaleza. “Eu fiquei muito feliz quando fiquei sabendo. Disse: ‘meu Deus, um curso aqui, num bairro próximo do meu e ainda gratuito?’. Fiquei maravilhada”, conta Vládia.
Os cursos do programa Criando Oportunidades são desenvolvidos com conteúdos de conhecimentos básicos e específicos, com carga horária de 100 horas, sendo realizado sempre no período de 25 dias úteis. As qualificações profissionais são voltadas à inserção produtiva da população em situação de vulnerabilidade social, preferencialmente para mulheres chefes de família, mulheres vítimas de violência doméstica, cadastradas no CadÚnico, trabalhadores sem ocupação e desempregados.
Nas aulas, os alunos dedicam 4 horas do seu dia para conseguir a inserção ou reinserção no mundo do trabalho. “Muitos deles chegam com síndrome do pânico, transtorno bipolar, problema de ansiedade. Eles falam que, através do curso, tem ajudado muito a sair desse tipo de situação”, testemunha a professora Luzineide Assis.
Durante os cursos, os alunos recebem material didático, fardamento e instrumentos de trabalho. Oportunidade para a manicure Ana Luiza Firmino que não vê a hora de colocar os conhecimentos em prática. “Foi uma oportunidade não só para mim, mas para o jovem. O grupo aqui é excelente. Daqui vão sair excelentes profissionais, que vão poder montar seus negócios”, declarou Luiza.
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O programa Criando Oportunidades é uma iniciativa da Secretaria da Proteção Social (SPS) do governo do estado e está presente em 182 dos 184 municípios cearenses. A iniciativa surgiu em 2008. O projeto tem ainda outras linhas de qualificação profissional: Primeiro Passo (na linha aprendiz, estágio e bolsista) e o Transformando Vidas (com cinco turmas dentro de presídios e cinco turmas em centro socioeducativos). “A gente tá sempre buscando atender a população mais vulnerável. A gente consegue chegar até nos distritos por meio do Criando Oportunidades”, destacou Jéssica Souza – coordenadora de inclusão social da Secretaria da Proteção Social (SPS).
De lá pra cá, quase sessenta mil pessoas foram beneficiadas com 38 cursos, ao todo, em 9 áreas. As turmas são formadas por 20 alunos, cada uma delas, e para participar basta ter, pelo menos, 16 anos de idade e o ensino fundamental incompleto.
Ao todo, são ofertados 38 cursos. Entre eles: cabeleireiro unissex, cabeleireiro feminino, cabeleireiro masculino, barbeiro, depilador, designer de sobrancelhas, maquiadora, libras básico, inglês básico, auxiliar de mecânico de manutenção de motocicletas, ajudante de farmácia e auxiliar administrativo
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No último mês de setembro, 11 mil 560 novas vagas foram anunciadas para o programa. E o objetivo é formar ainda mais pessoas. “Nosso objetivo, como Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, é que essas transferências de renda sejam reduzidas, que essas pessoas estejam inseridas no mercado do trabalho, que as pessoas tenham sua carteira assinada e que essas pessoas tenham seus direitos trabalhistas assegurados”, ressaltou Jéssica Souza.
Como participar dos cursos do Criando Oportunidades?
Para participar dos cursos do programa criando oportunidades, os interessados precisam procurar os equipamentos da secretaria da proteção social, tem também o zona viva. Para quem mora no interior é preciso contactar a secretaria da assistência.
As oportunidades do programa priorizam os seguintes públicos:
– Mulheres chefes de família cadastradas no Cadúnico, que sejam beneficiárias ou não do bolsa família;
– Trabalhadores (as) sem ocupação e/ou desempregados;
– Pessoas que trabalham em condição autônoma;
– Jovens à procura do primeiro emprego;
– Bem como: pessoas com deficiência, quilombolas, afrodescendentes, indígenas, apenados e egressos do sistema penal, jovens em cumprimento de medidas socioeducativas e LGBT.
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