De longe, parecem lixeiras comuns, mas, poucos imaginam que elas podem comportar até 2 mil litros de lixo cada uma. Isso porque se tratam de lixeiras subterrâneas, onde os resíduos descartados nelas ficam armazenados a três metros de profundidade. Os equipamentos possuem sensores, que monitoram a capacidade e indicam o momento para a coleta.
As lixeiras sustentáveis são uma das iniciativas sustentáveis de Fortaleza que tem ajudado a transformar a paisagem da cidade. “A lixeira ela recebe lixo orgânico. Ela tem dois focos principais. Um deles são as áreas de difícil acesso, onde nós não conseguimos atender com os equipamentos tradicionais, como compactadores, micro coletores, gari comunitário e moto-gari. Então, nessas áreas onde nós não conseguimos utilizar esses modais, a solução é a lixeira subterrânea. Outros locais que nós utilizamos a lixeira subterrânea são em locais como o Parque Rachel de Queiroz, onde temos uma grande concentração de pequenos comércios, que se enquadram como coleta domiciliar. Então, para evitar que esse resíduo fique exposto, é instalada a lixeira subterrânea e esse resíduo fica na lixeira subterrânea”, afirmou Vinícius Lemos, assessor técnico da coordenadoria de limpeza da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP).
Sempre ao lado das lixeiras subterrâneas, terá uma ilha ecológica, feita de estrutura metálica vazada, e exclusiva para o recebimento de materiais recicláveis, juntamente com as lixeiras e os contêiners para volumosos, os equipamentos formam um ecoponto de coleta coletiva.
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Fortaleza possui mais de 45 lixeiras subterrâneas e 35 ilhas ecológicas, mas, para que esses equipamentos ajudem a manter limpos os espaços públicos onde foram instalados, a população precisa fazer a utilização correta de cada um.
No Eusébio, cidade da região metropolitana do Fortaleza, uma grande fábrica de massas, biscoitos e torradas, foi estabelecida a meta de não enviar resíduos orgânicos ou recicláveis para aterros sanitários. Cinco de 17 unidades da empresa atingiram o objetivo.
“Com esse programa, a gente já conseguiu ter três unidades no Nordeste, como as unidades de Eusébio e Maracanaú, funcionando nessa lógica. Já conseguimos ter o Aterro Zero, garantindo assim uma destinação mais acessível e uma destinação mais sustentável para os resíduos gerados na nossa fábrica”, ressaltou Ivan Trigueiro, gerente industrial da fábrica.
Ter o mapeamento feito pela empresa identificou alternativas para destinar os resíduos. Uma delas foi a transformação de restos da produção de massas, biscoitos e torradas em matéria-prima para a fabricação de ração animal. Até 2030, todas as unidades da empresa no País, devem aderir à política de “aterro zero”, o que passa, também, pela conscientização ambiental entre os funcionários.
Lixeiras subterrâneas
Incorporadas à política de limpeza urbana da Cidade, as lixeiras subterrâneas são estruturas auxiliam a redução estratégica de pontos de descarte irregular de lixo. A iniciativa, que vem potencializando a gestão de resíduos sólidos em Fortaleza, é da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), por meio da Coordenadoria de Limpeza Urbana, tem transformado de forma positiva cenários historicamente críticos.
Cada lixeira subterrânea conta com uma com capacidade de 2 mil litros. Entre os pontos instalados na Capital, destaque para as unidades do Mercado dos Peixes, Morro Santa Teresinha, Campo do América, Avenida Leste-Oeste, Pirambu e no Morro Santiago.
Por meio dessa ação, os resíduos acumulados são estrategicamente recolhidos. O mecanismo se dá da seguinte forma: os caminhões coletores têm um sistema hidráulico ligado às lixeiras, fazendo que as estruturas subam e os contêiners sejam retirados e descarregados.
Sobre as ilhas ecológicas
As ilhas ecológicas são estruturas de metal vazadas, feitas para armazenar apenas material reciclável. Os mini ecopontos, ou ecopontos de coleta coletiva, são espaços formados pela junção de dois ou mais equipamentos voltados para o descarte correto do lixo e reciclagem, instalados em locais abertos e públicos. Geralmente, um mini ecoponto possui uma lixeira subterrânea, uma ilha ecológica e um contêiner, que pode receber pequenos volumes de entulho e restos de poda.
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