Em um vídeo publicado no Instagram, Pontes condenou a ação, afirmando que o Brasil “não pode se tornar um Irã”
Astronauta Marcos Pontes irrita aliados de Bolsonaro ao classificar explosões no STF como terrorismo
O senador e ex-ministro Astronauta Marcos Pontes (PP-SP) gerou tensão entre o grupo mais próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro ao declarar nas redes sociais que as explosões ocorridas na quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foram atos de “terrorismo”. Em um vídeo publicado no Instagram, Pontes condenou a ação, afirmando que o Brasil “não pode se tornar um Irã”.
A declaração do senador vai de encontro à posição de Bolsonaro e de seus aliados, que tratam o caso como um ato isolado, praticado por uma pessoa “fora de suas faculdades mentais”. O grupo bolsonarista tenta afastar a imagem do homem-bomba, Francisco Wanderley Luiz, do movimento político, alegando que ele agiu sem ligação com ideias defendidas pelo ex-presidente. Em resposta à fala de Pontes, um aliado de Bolsonaro ironizou: “O cérebro do astronauta ficou no espaço e não retornou com ele”.
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Em sua publicação, Pontes descreveu a explosão como “ação premeditada e típica de terrorismo” e defendeu que esse tipo de comportamento não deve ter espaço no Brasil. A fala foi considerada uma afronta por parte de outros aliados de Bolsonaro, que buscaram minimizar o episódio.
Nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, esclareceu que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, tinha como objetivo matar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo Alexandre de Moraes seu alvo principal. Wanderley, que já havia sido candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), partido de Bolsonaro, mantinha mensagens em suas redes sociais com críticas aos ministros do STF.
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A declaração de Pontes e a recente coletiva da Polícia Federal ressaltam divergências dentro do campo bolsonarista sobre como reagir ao episódio, com aliados do ex-presidente buscando dissociar o movimento das ações violentas de Wanderley.
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