Não há casos notificados até o momento no Ceará.
Secretaria da Saúde emite alerta aos municípios cearenses sobre casos suspeitos da varíola dos macacos
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) emitiu uma nota de alerta orientando sobre as notificações de casos suspeitos da varíola do macaco (monkeypox), na sexta-feira (27). O estado do Ceará, assim como o Brasil, ainda não tem casos suspeitos. A Sesa indicou que, quando ocorra, o aviso deve acontecer de forma imediata, em até 24 horas.
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A notificação, segundo a Sesa, os casos suspeitos de monkeypox (varíola dos macacos) no Ceará, deverão ser notificados de forma imediata, em até 24 horas, para o CIEVS Estadual, através dos canais listados abaixo, por se tratarem de eventos de saúde pública (ESP), conforme disposto na portaria
do ministério da saúde nº 1.102, de 13 de maio de 2022 e portaria do estado do ceará n°2.854 de 09 de agosto de 2011.
A varíola do macaco, que já foi identificada em, pelo menos, 18 países, trata-se de um vírus transmitido via secreções respiratórias que causa sintomas como febre, mal-estar, dores no corpo e lesões que geralmente começam a se manifestar na cavidade oral. O país mais recente com caso confirmado foi a Argentina, na sexta-feira (27).
Transmissão e sintomas
Sua transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado.
O vírus também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão. Monkeypox apresenta febre, uma erupção extensa característica e linfonodos geralmente inchados. É importante distinguir a varíola de outras doenças, como varicela, sarampo, infecções bacterianas da pele, sarna, sífilis e alergias associadas a medicamentos.
O período de incubação da varíola dos macacos pode variar de 5 a 21 dias. O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias com sintomas que incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (falta de energia). O estágio febril é seguido pelo estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas. As lesões evoluem de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões dolorosas firmes elevadas)
Definição de Caso
Caso suspeito: Pessoa de qualquer idade que apresenta início súbito de febre (38,5 ºC), adenomegalia e erupção cutânea aguda inexplicável E que apresente um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia, cefaleia, E excluindo as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial* e/ou qualquer outra causa comum localmente relevante de erupção vesicular ou papular. *varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).
Caso provável: Pessoa que atende à definição de caso suspeito E um ou mais dos seguintes critérios: ter um vínculo epidemiológico (exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória; contato físico direto, incluindo contato sexual; ou contato com materiais contaminados, como roupas ou roupas de cama) com um caso provável ou confirmado de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas OU histórico de viagem para um país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.
Caso confirmado: Pessoa que atende à definição de caso suspeito ou provável que é confirmado laboratorialmente para o vírus da Monkeypox por teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento).
Caso descartado: Pessoa que não atende aos requisitos necessários à sua confirmação como uma determinada doença
Cenário Mundial e Brasileiro
No dia 7 de maio a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) reportou o primeiro caso de Monkeypox (varíola dos macacos) que, acredita-se, se tratar de um caso importado. Até 25 de maio de 2022, foram notificados 209 casos em 18 países, sendo confirmados 186 casos, conforme descrito: Reino Unido (71), Espanha (41), Portugal (37), Holanda (06), Alemanha (06), Canadá (05), Bélgica (04), Itália (04), França (03), Austrália (02), Estados Unidos (02), Israel (01), Dinamarca (01), Suécia (01), Suíça (01), e Áustria (01). Permanecem em suspeito 23 casos, Canadá (20), Argentina (01), Guiana Francesa (01) e Estados Unidos (01).
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