SAÚDE

Ceará suspende compra de vacina Sputnik V

A compra seria de mais de 5,5 milhões de doses do imunizantes para o Ceará

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5 de agosto de 2021
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O governador Camilo Santana informou por meio das redes sociais que resolveu, juntamente com os outros governadores do Nordeste, suspender a compra da vacina Sputnik V.

Ceará suspende compra de vacina Sputnik V
Foto: Pexels

A expectativa era que o Ceará recebesse mais de 5,5 milhões de doses do imunizantes. Contudo, segundo Camilo, limitações impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde o começo do processo, tem dificultado a efetivação da compra.

Ainda de acordo com o gestor, a vacina já está sendo usada em 69 países e possui eficácia comprovada de 91,6%. Ele ainda destacou os esforços que o Estado tem feito para imunizar a população, principalmente depois da identificação de casos da variante Delta do coronavírus no Ceará.

“Diante da lentidão do Governo Federal no fornecimento de vacinas para os estados, temos buscado todas as formas da aquisição direta junto aos laboratórios para acelerar a vacinação, principalmente com a ameaça da nova variante Delta”.

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Sobre a Sputnik V

A vacina leva o nome do primeiro satélite soviético, enviado ao espaço em 1957. O “V” é de vacina. Em 14 de dezembro, os resultados da terceira e última análise do ponto de controle dos dados obtidos 21 dias após a aplicação da primeira dose nos voluntários mostraram taxa de eficácia de 91,4%, segundo o governo russo.

Foram analisados dados de 22.714 voluntários que receberam a vacina ou placebo. Além disso, os desenvolvedores afirmam que durante os estudos nenhuma pessoa vacina acusou formas graves de covid-19.

Tecnologia

A Sputnik V é feita a partir de uma tecnologia nova, que utiliza adenovírus — vírus causadores de resfriado comum. No caso da vacina russa, a primeira e a segunda dose utilizam adenovírus diferentes, algo exclusivo do Instituto Gamaleya.

Por meio de engenharia genética, são removidos os genes de reprodução viral dos adenovírus, ou seja, ele não vai causar resfriado, será utilizado apenas como “meio de transporte”.

Dentro destes adenovírus são colocados genes codificando a proteína S do coronavírus (SARS-CoV-2). Estas proteínas são as que ficam na coroa do vírus causador da covid-19 e se ligam aos receptores no corpo humano.

Uma vez inoculado, o adenovírus com o gene do coronavírus induz uma resposta imunológica no corpo humano. Após 21 dias, ocorre a segunda vacinação, com outro tipo de adenovírus, mas o mesmo material genético do SARS-CoV-2. Então, segundo os dados russos, ocorre uma imunidade ainda mais forte e duradoura.

O método é semelhante ao usado pela Universidade de Oxford no desenvolvimento da vacina contra covid-19. Recentemente, a AstraZeneca, detentora dos direitos comerciais do imunizante, anunciou uma parceria com o Instituto Gamaleya para estudar uma combinação das duas vacinas.

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