No passado, esse tipo de manifestação já gerou transtornos como a escassez de combustível e comida em algumas regiões
Greve dos caminhoneiros está marcada para amanhã (1º); relembre outras paralisações do setor
Está marcada para acontecer nesta segunda-feira (1º) uma greve nacional dos caminhoneiros. O motivo da mobilização são os constantes aumentos nos preços dos combustíveis. A ideia dos trabalhadores é que a paralisação pressione o governo para tomar alguma atitude diante destes custos.
“O Governo Bolsonaro teve o prazo de três anos para melhorar a vida do transportador autônomo e nada foi cumprido”, disse Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí-RS. A declaração foi feita durante a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), em 16 de outubro.
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Posteriormente, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou a criação de um auxílio voltado exclusivamente para os caminhoneiros, na tentativa de frear a mobilização. “Decidimos, então, atender aos caminhoneiros autônomos (diante da ameaça de greve dos caminhoneiros). Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. Fazemos isso porque é através deles que as mercadorias e os alimentos chegam nos quatro cantos do país”, disse o presidente em 21 de outubro.
Porém, o anúncio deste auxílio não foi o suficiente para impedir as manifestações e a greve dos caminhoneiros continua marcada para o dia 1º de novembro. Em alguns estados, como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a Justiça concedeu liminares proibindo o bloqueio das rodovias federais.
Isso acontece porque a paralisação é motivo de preocupação para o Governo, já que ela pode gerar grandes transtornos para a população. Em outras ocasiões, este tipo de manifestação já foi motivo de desabastecimento de insumos importantes, como comida e combustível.
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Greve dos caminhoneiros: relembre outras paralisações
“Um caos”. É assim que Lucas Rocha, auxiliar financeiro, define o que aconteceu anteriormente durante as paralisações dos caminhoneiros. Só pensar que isso pode se repetir, o cearense já fica apreensivo. “Já me remete àquela situação da greve dos caminhoneiros em que faltava combustível nos postos. Caos total na cidade”, conta em entrevista à TV Cidade Fortaleza.
Lucas Rocha se refere à greve dos caminhoneiros de 2018. A mobilização, que foi considerada uma das maiores da história do setor, aconteceu por conta dos aumentos no óleo diesel.
Naquela ocasião, a greve atingiu rodovias de 24 estados durante 10 dias e causou diversos transtornos para a população. Com os veículos parados, fábricas precisaram interromper o funcionamento, aulas foram canceladas, os postos de combustíveis começaram a registrar escassez e os supermercados ficaram desabastecidos.
Outra grande greve de caminhoneiros aconteceu em 2012, quando os trabalhadores do setor decidiram se mobilizar contra a obrigatoriedade do intervalo de 11 horas entre cada viagem. Foram sete dias de manifestações, fechando rodovias importantes do País e gerando engarrafamentos que chegaram aos 35 quilômetros.
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Pode faltar combustível no Ceará?
Diante da aproximação desta mobilização, muitas pessoas se questionam se pode haver falta de combustível no Ceará. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE), porém, afirma que não há risco de desabastecimento. Confira a reportagem da TV Cidade Fortaleza:
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