O oncologista disse que Jô escolheu deixar o hospital e passar os últimos dias em sua casa
Drauzio Varella sobre Jô Soares: “Escolheu morrer em casa assistindo a filmes”
Na missa de sétimo dia do apresentador e humorista Jô Soares, que aconteceu na última sexta-feira (12), o médico Drauzio Varella deu detalhes de como foram os últimos dias do comediante. A solenidade aconteceu na capela do colégio Nossa Senhora do Sion, em Higienópolis. Dr. Drauzio disse que Jô escolheu deixar o hospital e passar os últimos dias em sua casa assistindo a filmes clássicos noir, seu gênero favorito.
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“É difícil falar do gênio tendo convivido com ele”, declarou o oncologista.
No evento, organizado pela Academia Paulista de Letras, ainda estiveram presentes amigos, colegas e antigos colaboradores, entre eles a dramaturga e roteirista Maria Adelaide Amaral, que iniciou a homenagem com a leitura do “Salmo 22”, seguida da missa celebrada pelo bispo dom Fernando Antônio Figueiredo e pelo padre Júlio Lancelotti. Ao longo da celebração, amigos prestaram homenagens ao humorista, entre eles o editor Matinas Suzuki Jr., que leu as últimas páginas do segundo volume do livro de memórias do apresentador.
Jô Soares sofria de problemas de pulmão e morreu após uma falência de múltiplos órgãos. A ex-companheira e amiga Flávia Pedra Soares, recordou a devoção do humorista por santa Rita de Cássia e revelou que o artista tinha consciência sobre sua morte.
“Morrer é fácil, difícil é a comédia”, citando a última frase atribuída ao comediante inglês Edmund Gwenn.
Primeiro papel de Jô Soares foi em “Família Trapo”, da TV Record
Considerado um dos maiores humoristas do Brasil, Jô Soares virou sinônimo de talk show no País, mas, no início da carreira, fez bastante sucesso com papéis icônicos do humor na televisão brasileira. O primeiro personagem de destaque de Jô Soares foi no sitcom Família Trapo, exibido pela TV Record, entre 1967 e 1971.
No princípio, Jô apenas escrevia, com Carlos Alberto de Nóbrega, o roteiro do show que tinha como personagem principal Carlo Bronco Dinossauro, interpretado pelo comediante Ronald Golias. Depois, Jô ganhou um papel, o Mordomo Gordon. O programa foi criado por Nilton Travesso, A.A. de Carvalho, Raul Duarte e Manoel Carlos.
Faziam parte do elenco ainda nomes famosos como Otelo Zeloni (Pepino Trapo), Renata Fronzi (Helena), Cidinha Campos (Verinha) e Ricardo Corte Real (Sócrates).
Apresentado ao vivo do Teatro Record-Consolação e não dos estúdios da emissora, como era feita a maioria dos programas da época, um dos motivos para o sucesso da Família Trapo era a participação de convidados especiais e a improvisação.
O episódio mais lembrado é com o ex-jogador de futebol Pelé. O Mordomo Gordon quer assustar Bronco e apresenta Pelé como o atleta que vai substituí-lo no time da rua. No entanto, o personagem de Golias não reconhece o jogador. A partir daí, Bronco, para delírio da plateia, começa a realizar uma série de testes com o Rei do Futebol, como embaixadinhas e chutes a gol.
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