Márcia Catunda
Coluna + Emprego

4 práticas para prevenir o burnout na equipe

Autora best- seller e especialista em liderança Tonia Casarin lista  atitudes do gestor que contribuem para evitar a incidência da síndrome de Burnout, que afeta cerca de 40 milhões de pessoas no mundo todo

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2 de novembro de 2022
Márcia Catunda

Com a rotina atribulada dos dias de hoje, e o excesso de afazeres – seja na rotina profissional ou na pessoal- problemas como a Síndrome de Burnout preocupam devido ao aumento de casos. De acordo com a pesquisa da Gattaz Health & Result, 18% dos profissionais brasileiros sofrem com o transtorno, e em âmbito mundial, um total de 39,6 milhões de indivíduos já foram diagnosticados segundo dados da 72ª Assembléia Mundial de Saúde, de 2019.

4 práticas para prevenir o burnout na equipe
Crédito: Canva

Tais números servem de alerta para gestores de empresas, e as corporações e lideranças buscam, cada vez mais, adotar medidas para garantir um ambiente profissional saudável, e proteger a saúde mental dos colaboradores. Para Tonia Casarin, autora best-seller e especialista em liderança, o burnout pode ser resultado da gestão inadequada de equipes. “A sobrecarga de trabalho e a percepção de falta de controle  podem agravar os sintomas dessa síndrome, gerando problemas de saúde física e mental e refletindo em baixo desempenho na equipe toda”, avalia ela.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre os principais sintomas da doença, estão: cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia,  dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga. pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, e alteração nos batimentos cardíacos.

A pandemia da Covid-19 fez com que as pessoas refletissem mais sobre sobrecarga, esgotamento mental e a importância de integrar o trabalho em suas vidas . “Com a pandemia, as pessoas viram o risco da morte e passaram a rever suas prioridades, inclusive suas escolhas profissionais. ”, comenta a especialista. E acrescenta: “Burnout não é somente se sentir cansado e com muitas tarefas. É um problema multifacetado que requer uma solução multifacetada. Antes de tudo é preciso entender o que está contribuindo para o esgotamento das pessoas na sua empresa.”

Pensado nisso, Tonia lista 4 práticas para evitar o transtorno na equipe:

Alinhe valores  

Ao alinhar valores da empresa e o propósito da função com o trabalho de cada um, o time se sente pertencendo e alinhado em relação a motivação de todos. “Pesquisas já mostraram que os valores das pessoas conectados com os da organização pode ser um dos fatores que contribui parando burnout e muitas lideranças não estão atentas a isso.” Ensina Tonia.

Crie um ambiente seguro 

A autora aconselha ter um ambiente de trabalho em que as pessoas se sintam seguras e confortáveis e assumir riscos nas suas relações interpessoais. Assim, os colaboradores compartilham ideias, sentem-se incluídos e contribuem mais para a equipe.

“O local de trabalho deve ser um lugar onde as pessoas se sintam seguras e cuidem uns dos outros. A liderança deve procurar ser inclusiva e ouvir todos para garantir a participação de todos na solução de problemas do time. Perguntar como está a carga de trabalho e como pode ajudar a priorizar pode ajudar para prevenir-nos-emos burnout, de forma a dar clareza ao time do que é mais importante.” Diz a especialista.

Comunidades de suporte

Promova troca e conexão entre as pessoas da empresa, com conversas informais que aproximem e conectem. Incentive a criação de grupos de suporte (ERG – employees resources Groups) e fomente o crescimento desses grupos. “A sensação de comunidade e os relacionamentos dentro da empresa são fundamentais para prevenir o burnout. Somos seres sociais e muitas pessoas se sentem sozinhas no trabalho, afetando sua saúde mental. “ explica Tonia

Reconheça o time

Uma equipe tem sempre diferentes tarefas a desempenhar, e saber que cada uma delas é importante é fundamental para criar uma cultura de apreciação.  “O reconhecimento é necessário para que uma equipe continue se desenvolvendo e se empenhando para a entrega de resultados. Quando reconhecemos o esforço e as entregas de alguém, mostramos que ele faz diferença e isso reflete no seu engajamento e produtividade ”, finaliza a autora.

Sobre Tonia Casarin – Mestre em Liderança com foco no desenvolvimento de Competências Socioemocionais pela Universidade de Columbia (NY), é pesquisadora, palestrante e autora de best-sellers. Em outubro/22, irá lançar seu novo livro, sobre liderança exponencial, abordando aspectos socioemocionais, com foco no papel do líder e no ambiente corporativo. Atualmente, mora no Vale do Silício e trabalha com consultoria e desenvolvimento de lideranças.

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