A série live-action da popular série de anime e mangá “One Piece” estreou na Netflix no final de agosto, e uma cena chamou a atenção do público cearense. Nas redes sociais, internautas notaram uma semelhança entre um momento da produção, em que um personagem trata ferimentos com pele de peixe, e um método real de tratamento de queimaduras foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC).

“Pesquisadores da UFC desenvolveram um método de recuperação de queimaduras com pele de tilápia que já expandiu pra possibilidade de outros tratamentos também”, disse uma usuária da rede social X, antigo Twitter.

A pele de tilápia, usada no método da UFC, permanece sobre a queimadura durante vários dias, eliminando a necessidade de trocas frequentes de curativos e reduzindo a dor associada ao tratamento. Além disso, a tilápia tem menos probabilidade de transmitir doenças em comparação com outros animais, como porcos, cuja pele é usada em alguns países para tratamento de queimaduras.

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“No Brasil, para tratar queimaduras, usamos normalmente um creme com efeito de 24 horas. Todos os dias, é preciso trocar o curativo, tirar o creme, enxaguar a área queimada, colocar o creme novamente e fazer um novo curativo”, explicou Edmar Maciel, cirurgião plástico e presidente do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), em entrevista à BBC News, em 2017. O profissional faz parte do desenvolvimento do procedimento.

O trabalho inovador realizado na UFC foi premiado com o “Prêmio Euro Inovação na Saúde” em 2020, um reconhecimento importante na área médica no Brasil.

O live-action de “One Piece” trouxe a série para as telas, seguindo os eventos iniciais do mangá original de Eiichiro Oda. A série em live-action, estrelada por Iñaki Godoy, acompanha as aventuras de Luffy e sua tripulação em busca do tesouro supremo enquanto ele se esforça para se tornar o Rei dos Piratas. A série estreou no catálogo da Netflix e tem atraído a atenção de fãs tanto pelo enredo quanto pelas curiosas referências à realidade.

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