O governador Elmano de Freitas (PT) assinou, nesta sexta-feira (29), o protocolo de intenção de doação da estrutura hoje existente do Acquario para a Universidade Federal do Ceará (UFC). O local, com isso, passará a funcionar como um novo campus da Universidade, onde funcionará o Instituto de Ciências do Mar (Labomar).

Durante a solenidade, que aconteceu no Palácio da Abolição, contou com a presença do ministro da Educação Camilo Santana (PT), do reitor da UFC Custódio Almeida e outras autoridades. “Um momento importante para o turismo científico, cultural e tecnológico, além de fortalecer projetos nas áreas de educação e pesquisa”, disse Elmano, após a assinatura do documento.

A perspectiva é de que a infraestrutura existente no local do Acquario será aproveitada, mas será necessário ainda construir novos espaços para atender às demandas da divisão da Universidade. É preciso, por exemplo, abrigar espécimes de vida marinha, assim como aconteceria caso o Acquario estivesse funcionando como planejado. Haverá ainda espaços abertos para visitação.

O Labomar hoje fica na avenida Abolição, em contato com a avenida Beira Mar, vizinho ao Jardim Japonês.

O Acquario foi anunciado, ainda no ano de 2009, sob a gestão do então governador Cid Gomes (PDT), como o terceiro maior aquário do mundo, mas as obras acabaram ficando estagnadas ao longo dos anos. A constrção começou a ser executada de fato em 2011 e foi paralisada em diversos pontos desde então, em meio a questionamentos judiciais.

Este ano, ao falar sobre o Acquario, o hoje senador Cid Gomes comentou que a construção foi impedida por “antagonistas ao projeto”. “Com o tempo, o Ministério Público… Não vou adjetivar, mas uma série de antagonistas ao projeto acabaram fazendo com que o Ex-Im Bank americano [Export-Import Bank of the United States, banco que havia ficado responsável pelo desenvolvimento da obra] desistisse”, disse ele. “Nunca tivemos uma decisão judicial impedindo, mas tinha sempre a notícia do processo, sempre uma denúncia, alguma coisa, e o banco acabou desistindo de financiar”, complementou.

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