Na noite do sábado (21), um meteoro bólido cruzou e explodiu no céu do Ceará, no município de Sobral, no interior do estado. O evento ocorreu por volta das 18h50 e foi capturado por câmeras do projeto brasileiro de pesquisa de meteoros, Exoss, em parceria com o observador Gustavo Silva, que registrou o fenômeno no Colégio Estadual Agostinho Neres da Portela.

As imagens e vídeos mostram o momento em que o meteoro entrou em contato com a atmosfera terrestre e explodiu, evitando assim que o objeto atingisse o solo. O bólido, visível a olho nu, foi avistado entre as cidades de Sobral e Carnaubal, locais conhecidos por sua baixa poluição luminosa, o que favoreceu a observação.

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O que são meteoros bólidos?

De acordo com o especialista Marcelo De Cicco, os meteoros bólidos se destacam pelo brilho intenso ao entrarem na atmosfera terrestre. “Eles são pedaços de asteroides ou cometas que diariamente impactam o nosso planeta. Quando um desses pedaços é grande o suficiente, ele gera um brilho muito forte, que chamamos de bólido ou fireball, em inglês”, explicou.

O meteoro registrado no Ceará viajou a cerca de 57 mil km/h e apresentou um brilho máximo de magnitude -5,3, o que significa que ele foi mais de dez vezes mais brilhante que o planeta Vênus. O fenômeno, que pode ser assustador para alguns, não representa risco para a população. “A explosão costuma ocorrer a dezenas de quilômetros de altitude, o que evita qualquer dano à superfície terrestre”, destacou o especialista.

 

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A magnitude de um meteoro mede o brilho do objeto a partir da Terra, sendo que quanto menor o valor, mais brilhante ele aparenta ser. Os bólidos têm uma magnitude aparente que pode atingir -14, mas, para ser considerado um “super”, ele precisaria ter uma magnitude de -17 ou mais, algo equivalente a cem vezes o brilho de uma Lua cheia.

O meteoro que atravessou o céu cearense foi classificado como um objeto cruzador da Terra, do tipo Apolo, orbitando entre Marte e nosso planeta. Ele brilhou intensamente a uma altura inicial de cerca de 72 km, explodindo a menos de 50 km de altitude, conforme os cálculos feitos pelo time do projeto Exoss utilizando softwares especializados.

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