Entre janeiro e outubro, o Estado registrou 1.520 crimes sexuais
Crimes de estupro caem 8% no Ceará em 2020
Um homem suspeito de estupro foi preso no fim de semana em Santa Quitéria, 222 km de Fortaleza. A vítima mais recente, uma adolescente de 16 anos, foi assassinada e um exame deverá comprovar se houve relação íntima. No acumulado do ano, entre janeiro e outubro, o Ceará registrou 1.520 crimes sexuais. O total é 8% inferior ao mesmo período em 2019.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que acompanha os casos, se considera crime sexual toda ocorrência de “estupro, estupro de vulnerável e exploração sexual de menor. A quantidade será definida pela soma de todas as vítimas de infrações classificadas nesse tipo de crime”.
Pesquisa
Levantamento divulgado em novembro pelos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão mostra que 52% dos entrevistados conhecem alguma mulher ou garota que já foi vítima e 16% das entrevistadas afirmou ter sofrido algum crime sexual. O estudo escutou a opinião de 2 mil pessoas dos dois gêneros.
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Estupro: A quem recorrer e como denunciar
Ainda segundo a pesquisa, 95% das mulheres temem ser estupradas. Destas, 78% afirmaram ter muito medo. Considerando os entrevistados, 92% temem que suas filhas, mães, esposas ou namoradas sejam vítimas.
“A maioria conhece uma mulher ou menina que foi vítima e é unânime a percepção de que as brasileiras temem que isso ocorra com elas. As consequências de um estupro na vida da vítima, sejam psicológicas, físicas ou uma gravidez indesejada, também são bastante reconhecidas. Mas a pesquisa mostra que o acolhimento do Estado às mulheres e meninas vítimas, seja nas delegacias ou no sistema de saúde, pode ser mais qualificado”, disse Maíra Saruê Machado, do Instituto Locomotiva.
Sobre o caso mais recente no Ceará, o homem foi rendido por moradores de Santa Quitéria até a chegada dos policiais. O corpo da vítima foi encontrado no terreno com uma faca ao lado, próximo ao ponto em que o suspeito estava. José Raimundo Magalhães Gomes (42), que já respondia por estupro, foi levado à Delegacia de Canindé, onde foi instaurado um inquérito. A Polícia Civil aguarda o resultado de exames para confirmar se houve a violência sexual.
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