Em entrevista ao GCMAIS, a presidente do sindicato ligado ao setor de funerárias no Ceará falou sobre a produção de caixões durante a pandemia
Atendimentos em funerárias do Ceará aumentaram 50% em duas semanas
A segunda onda da covid-19 ligou o alerta em, praticamente, todo o Brasil. Até agora, esse novo momento da pandemia ainda não chegou ao patamar de mortes do pior período de 2020, mas o aumento nos óbitos já é perceptível.
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O setor de funerárias, que é diretamente afetado pelas mudanças na pandemia, sente os efeitos da segunda onda. Segundo o Sindicato das Empresas Funerárias no Estado do Ceará (Senfec), o número de atendimentos nos estabelecimentos associados aumentou, em média, 50% em apenas duas semanas.
“A percepção que o Sindicato tem tido, através de seus associados, nas duas últimas semanas é de um aumento nos atendimentos de óbitos, em média, de 50% com tendência de alta, infelizmente”, explica a presidente do Senfec, Mayra Grisolia.
Esses dados são para óbitos de diversas naturezas, mas a pandemia de covid-19 vem pressionando o setor desde o ano passado. Na última quarta-feira (3), a Associação de Fabricante de Urnas do Brasil emitiu um comunicado alertando sobre a possibilidade de desabastecimento a nível nacional.
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Segundo Mayara Grisolia, Fortaleza ainda está em uma situação privilegiada quando se fala na produção de caixões e, no momento, ainda não há um cenário de desabastecimento.
“Fortaleza possui empresas funerárias muito bem estruturadas e que estão trabalhando com reforço permanente dos insumos, inclusive urnas funerárias. Este mesmo quadro se repete no interior do Estado. Inclusive temos indústrias de urnas funerárias que abastecem não só o Ceará como outros Estados do Nordeste. Essas indústrias estão redobrando os esforços para cumprir seu papel e não deixar faltar urnas”, afirma a presidente do Sindicato.
Porém, se a pandemia é motivo de incertezas para diversos setores produtivos, não seria diferente na área de funerárias.
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“Até o momento, o setor funerário expandiu sua capacidade de atendimento no Ceará e atendeu a todas as famílias enlutadas da maneira mais digna possível, inclusive em maio de 2020, tendo sido maio o mês mais difícil para este setor. No entanto, sabemos que todo setor tem um momento que não tem como expandir mais o atendimento sem comprometer a qualidade. Esperamos que esse momento não chegue”, conclui Mayara Grisolia.
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