VACINA LIBERADA

Anvisa aprova importação da vacina Sputnik V para o Ceará e demais estados do Nordeste

O Governo do Estado tem acordo para adquirir mais de 5,5 milhões doses da Sputnik

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4 de junho de 2021
Assistente de Redação Vídeo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na noite desta sexta-feira (4), de forma excepcional e controlada, a importação e distribuição da vacina Sputnik V para o Ceará e demais estados do Nordeste. Segundo a recomendação do órgão, o uso do imunizante de fabricação russa será inicialmente restrito.

Anvisa aprova importação da vacina Sputnik V para o Ceará e demais estados do Nordeste
Sputnik é produzida por uma fabricante russa. Foto: Divulgação

O Governo do Estado tem acordo para adquirir mais de 5,5 milhões doses da Sputnik, como lembrou o governador Camilo Santana, ao repercutir a decisão da Anvisa nas redes sociais:

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Durante a reunião da Anvisa nesta sexta-feira (4), o relator do processo de importação das vacinas Sputnik V e Covaxin votou a favor da autorização excepcional e temporária para importação e distribuição dos imunizantes contra a covid-19. Durante reunião da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alex Machado Campos entendeu que estados e o governo federal podem utilizar os imunizantes, mas de forma controlada e cumprindo várias condicionantes para aplicação na população.

Pelo voto do relator, a importação deverá ser restrita ao total de doses referente a 1% da população, e a aplicação deverá ser destinada a maiores de 18 anos e menores de 60 anos. O uso por gestantes e pessoas com comorbidades não foi recomendado.

Além disso, a Anvisa deverá ser comunicada sobre eventuais eventos adversos nas pessoas que forem imunizadas. Somente poderão ser utilizadas vacinas oriundas de fábricas inspecionadas pela agência.

O caso é analisado em reunião da diretoria colegiada da agência para analisar pedidos dos estados da Bahia, de Sergipe, do Maranhão, de Pernambuco, do Ceará e do Piaui para importação 37 milhões de doses da Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. A compra de 20 milhões de doses da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, foi feita pelo governo federal.

Campos disse que após a negativa da Anvisa para uso da Covaxin, as pendências sobre as etapas de boas práticas na produção foram resolvidas. No caso da Sputnik V, após a decisão que rejeitou a importação , passou-se a admitir o uso do imunizante, mas com várias condicionantes, a partir da nova documentação apresentada por diversos governadores.

Histórico de discussão na Anvisa

Na reunião extraordinária anterior, no dia 26 de abril deste ano, a Anvisa tinha decidido reprovar a compra e aplicação “excepcional e temporária” da Sputnik V no Brasil. O pedido de importação da vacina russa foi feito por 14 governos estaduais, inclusive o Ceará.

Dias antes, no dia 12 de abril, o governador Camilo Santana havia entrado com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Anvisa autorizasse a utilização de 5,87 milhões do imunizante junto ao Fundo Soberano Russo.

Leia também: Efetividade da Sputnik V contra Covid-19 ultrapassa 97%, aponta estudo

Durante a reunião do dia 26, o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que o fabricante da Sputnik V não apresentou a análise de segurança da vacina por faixa etária, por comorbidades e para soropositivos para o SARS-CoV-2. Além disso, a empresa também não demonstrou que controla de forma eficiente o processo para evitar outros vírus contaminantes durante a produção do imunizante.

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Com informações da Agência Brasil

 

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