Polêmica envolvendo celebridades gera debate sobre a violência contra a mulher. No centro da discussão estão a atriz Klara Castanho, 21 anos, e a apresentadora Antonia Fontenelle, 49.
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Neste sábado (25), Klara publicou um texto falando sobre um estupro que sofreu, da gravidez gerada pelo ato, e como foi feito o procedimento de adoção da criança.
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Ela diz que estava longe de amigos, familiares, e até de sua cidade, e não sabia, no primeiro momento, que estava esperando um bebê. A atriz também fala, na carta aberta, como se deu o processo de adoção, que foi dentro dos padrões da lei, e a experiência da gestação.
Mesmo com a violência, Klara afirmou, na carta, não ter feito, inicialmente, o boletim de ocorrência registrando a violência por ter vergonha e por se sentir culpada.
Confira um trecho:
A entrega foi protegida e em sigilo. Ser pai/e ou mãe não depende tão somente da condição econômico-financeira, mas da capacidade de cuidar. Ao reconhecer a minha incapacidade de exercer esse cuidado, eu optei por essa entrega consciente e que deveria ser segura.
Além disso, Klara conta que foi procurada por dois colunistas sociais, um deles sabia da gravidez, mas não sabia como a gestação tinha se dado. Ambos queriam saber informações sobre a gravidez.
Confira a primeira página da carta:
Em outro trecho, ela fala que havia “pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma”, por isso resolveu publicar a carta aberta.
A apresentadora Antonia Fontenelle entra na história aqui. Sem revelar o nome de Klara Castanho, Fontenele teria exposto a situação que seria da atriz, mas sem identificá-la. Ela comentava o caso de uma criança de 11 anos que realizou um aborto nesta semana em decorrência de um estupro.
Fontenele não identificou Klara, mas falou sobre uma “atriz da Globo, de 21 anos de idade…”, e mais, que “Na hora de pegar uma criança, parir e jogar no mundo, que não sabe nem o que vai acontecer, aí não tem religião certa, aí pode”.
A apresentadora foi além:
Não ouse me ligar chorando! Eu não vou dar seu nome porque eu não tenho esse direito, mas não ouse me ligar chorando, porque eu posso perder a paciência e dar seu nome.
Após a grande repercussão nas redes sociais, Fontenelle desativou os comentários, dizendo que “ninguém vai vir aqui me pedir desculpas pelos ataques”.
Todas as publicações ainda estão disponíveis nas redes sociais de Klara e Fontenelle, pelo menos até o fechamento desta edição, em 25 de junho de 2022, domingo.
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