Brasil do Surf

Brasil é o país do surf!

Brasil é o pais do surf, nos últimos 9 anos ganhou 7 vezes o título mundial e se afirma como celeiro de grandes talentos com mais um titulo.

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12 de setembro de 2023
Gilberto Gouveia

O brasileiro Filipe Toledo conquistou, neste sábado dia 9 de setembro, o bicampeonato da Liga Mundial de Surf, confirmando mais uma vez o Brasil como o país do surf.

Brasil é o país do surf!

Paulista de Ubatuba, o surfista de 28 anos venceu a etapa final do circuito WSL Finals, disputada em Lower Trestles, nos Estados Unidos. Na decisão, ele superou o australiano Ethan Ewing duas vezes, em uma melhor de três baterias.

Felipe Toledo na final – foto WSL

A conquista de Filipinho, como é conhecido, mantém a hegemonia do Brasil no principal circuito de surf do planeta. De 2014 para cá, quando o também paulista Gabriel Medina foi campeão mundial pela primeira vez, o Brasil esteve sete vezes no topo em nove disputas.

As exceções foram em 2016 e 2017, que foram ganhas pelo havaiano John John Florence, e desde então o título fica sempre com um brasileiro, reafirmando que o Brasil é o país do surf.

Filipinho campeão – foto WSL

Medina segue como surfista do país com mais títulos mundiais, com três conquistas. Felipinho  agora é bicampeão,  Adriano de Souza o Mineirinho e Ítalo Ferreira também foram campeões uma vez cada.

Italo que é local de Baia Formosa, no vizinho estado do Rio Grande do Norte também é campeão olímpico, sendo o primeiro surfista campeão olímpico do mundo, e assim inseriu seu nome no Hall da fama do surf.

Italo e Felipinho expoentes do surf brasileiro – foto WSL

AS FINAIS DO CIRCUITO MUNDIAL DE SURF

Nas finais, o surfista líder do ranking, caso de Felipinho, esperava duelos entre os outros integrantes do top 5 para saber quem seria seu adversário na decisão do título.

Após um primeiro duelo entre o quarto e o quinto colocados, o sobrevivente avançaria para encarar o terceiro.

Então, o novo vencedor fez um confronto com o vice-líder do ranking para decidir o adversário do primeiro colocado na briga pelo título mundial.

WSL FINALS EM TRESTLES

Seguindo tal formato, a disputa em Trestles começou com o brasileiro João Chianca, o Chumbinho, que entrou como quarto da classificação, enfrentando o australiano Jack Robinson, quinto.

O início da bateria foi uma evolução de notas baixas para razoáveis. Robinson somou apenas 1,40 nas primeiras ondas e viu Chumbinho anotar 5,00.

O australiano respondeu com 6,00, mas o brasileiro voltou à frente com uma onda de 5,93. Robinson retomou a dianteira ao anotar 5,60, mas viu Chianca somar 8,33, maior nota da bateria, e um 7,00 para fechar vitória em 15,33 a 11,87, avançando de fase

EWING SURPREENDE APÓS LESÃO E ELIMINA CHUMBINHO

Ethan Ewing em ação – foto WSL

O desafio seguinte de Chumbinho foi diante de outro australiano, o terceiro colocado do ranking Ethan Ewing, que fraturou duas vértebras enquanto treinava para a etapa de Teahupo’o, um mês atrás, e chegou a ser dúvida para as Finais. Era incerto se Ewing seria capaz de mostrar o seu melhor surfe, mas ele surpreendeu a todos.

Logo em seus primeiros minutos na água, o australiano mostrou que estava em ótimas condições e recebeu um 7,83 na primeira onda contra 6,67 do brasileiro. Continuou crescendo com notas 8,60 e 9,00 para superar Chumbinho, que teve um 7,90 como maior nota.

A pontuação final foi de 17,60 a 14,57. Assim, Chumbinho caiu fora da disputa pelo título, enquanto Ewing avançou para enfrentar o americano Griffin Colapinto, vice-líder do ranking e surfista local de Trestles.

O HERÓI LOCAL DECEPCIONOU A TORCIDA

Griffin Colapinto nas finais – foto WSL

A maioria dos espectadores presentes em Trestles torcia efusivamente pelo representante da casa, principal candidato a tirar o título de Felipinho. Muito vestiam camisetas com o rosto de Colapinto e um barco ancorado ao fundo exibia uma faixa imensa de apoio a ele.

“Griff campeão do mundo”, dizia a faixa. Ethan Ewing, completamente alheio à preferência da torcida, não se intimidou frente ao favoritismo do americano local e protagonizou mais uma ótima bateria para chegar à final.

EWING ELIMINA COLAPINTO

Ewing fez 8,17 em sua primeira onda e chegou a ficar atrás de Colapinto, que conseguiu pegar ondas seguidas de 5,67 e 6,50. Pouco depois, o australiano respondeu com 8,13 e, a partir daí, não esteve mais em desvantagem.

Quando restavam cinco minutos, substituiu o 8,13 por um 8,93, deixando para Colapinto a missão de fazer 8,88 nos instantes finais.

O surfista local não conseguiu, foi derrotado por 17,10 a 15,96 e viu a faixa de “campeão do mundo” ser retirada do barco, e grande parte da torcida dele deixar a praia muito frustrada.

o local hero decepcionou a torcida – foto WSL

Com a eliminação do americano, a parte do público que ficou no evento voltou sua torcida para Felipe Toledo na grande decisão, disputada em melhor de três.

Um torcedor, inclusive, riscou o nome de Colapinto de uma faixa e escreveu o do brasileiro, que é bastante habituado a surfar em Trestles, pois mora há  8 anos em San Clemente, sendo já considerado um surfista local.

FELIPE VENCE O PRIMEIRO ROUND  CONTRA O AUSTRALIANO

Vestindo a lycra amarela do número 1 do mundo, Felipinho abriu a primeira bateria iniciando uma onda com uma forte rasgada e finalizando com um aéreo, combinação que rendeu nota 7,00.

Ewing teve uma apresentação mais conservadora, porém substancial, em sua primeira onda e tirou um 7,33 dos juízes, nota que arrancou vaias da torcida, antes de somá-la a um 8,50.

Felipinho acertou um aéreo mais vertical na onda seguinte e subiu a disputa, com um 9,00. Depois dessa, a melhor nota do brasileiro foi um 8,67, que garantiu a ele o triunfo pela diferença apertada de 17,97 a 17,23 do adversário, dono de um 8,73 como a nota mais alta, ganhando o primeiro round da final.

Felipe nas finais – foto WSL

SEGUNDO ROUND DA FINAL MAIS MORNO

Na segunda bateria, o marasmo tomou conta da praia de Trestles. Após boiarem por 20 dos 35 minutos de bateria Toledo conseguiu pegar a primeira onda e caiu, somando apenas 0,37.

Conseguiu pegar mais uma onda sem tanto potencial e a utilizou com inteligência, lançando mais uma finalização com aéreo, avaliado com nota 5,17. Assim, tinha 5,45 na somatória.

Felipinho pegou mais uma, dessa vez para esquerda numa onda maior, mas caiu ao tentar novo aéreo. Serviu, ao menos, para substituir o 0,37 por 1,77, subindo a nota geral para 6,94.

Faltando menos de dez minutos, veio uma onda de melhores condições para fazer 7,50, elevando a total para 12,67. Só depois disso que Ewing pegou sua primeira onda e somou 4,70.

Então, os dois pegaram ondas seguidas: 7,67 para o australiano e 6,77 para o brasileiro, que cravou 14,27 a 12,37 na soma para ser bicampeão do mundo.

Felipe Toledo comemora o bicampeonato mundial – foto WSL

A SOBERANIA DO SURF MUNDIAL É NOSSA

Assim sendo, o Brasil continua com e hegemonia no circuito mundial de surf. O Brasil é o pais do surf, já fomos o país do futebol conquistando o pentacampeonato em 2002, mas hoje em dia somos o país do surf, com 7 títulos mundiais e grande hegemonia nos últimos 6 anos, onde somente o Brasil se sagrou campeão mundial.

Ano que vem tem mais, a Brazilian Storm ou a Tempestade brasileira como é conhecida a invasão brasileira no tour está só no começo, e a nova geração do surf brasileiro vem fazendo bonito nas etapas de classificação do World Qualifying Series WQS, que garante aos melhores classificados uma vaga na elite do surf mundial.

Vários brasileiros vem se destacando para a tristeza dos gringos que não aguentam mais ver os brasileiros no alto do podium.

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