Saúde do Ceará reforça que as vítimas de acidentes por águas-vivas ou caravelas devem procurar uma Unidade de Saúde, independente da gravidade do caso
Saiba como agir em caso de acidentes com águas-vivas e caravelas em praias cearenses
Com o aparecimento incomum de águas-vivas nas praias cearenses, a população tem se deparado com dúvidas sobre como agir em casos de acidentes e como se prevenir. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio da Célula de Vigilância Entomológica e de Controle de Vetores (Cevet), está reforçando orientações importantes para lidar com essas situações.
“O Ceará geralmente registra acidentes com águas-vivas entre os meses de setembro e novembro. O surgimento fora desse período pode estar relacionado às mudanças climáticas, aquecimento dos oceanos, poluição costeira ou até mesmo ao grande volume de chuvas”, explica Luiz Osvaldo da Silva, orientador da Cevet.
Uma das melhores formas de prevenção é evitar entrar no mar quando houver uma concentração desses animais na água. Além disso, é essencial evitar tocar em águas-vivas ou caravelas, mesmo que pareçam estar mortas na areia. Se houver contato, é importante não tentar remover os tentáculos com as mãos nuas, pois ainda podem liberar toxinas.
Ana Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, destaca a importância da notificação de casos de acidentes por cnidários (como águas-vivas e caravelas) pelos profissionais de saúde. “Todo incidente desse tipo é de notificação compulsória e deve ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)”, ressalta.
Características das lesões
Os incidentes envolvendo cnidários não resultam em queimaduras, embora sua aparência possa se assemelhar a queimaduras solares ou causadas por água quente. As lesões são causadas pelas toxinas presentes no veneno desses animais, que afetam a epiderme, gerando desde linhas avermelhadas e dolorosas até bolhas ou feridas na pele. A intensidade da dor pode variar de 30 minutos a 24 horas.
A gravidade da reação depende de diversos fatores, como a potência da toxina, a quantidade de veneno, a toxicidade da espécie envolvida, o tamanho molecular do veneno, a resposta individual da vítima, a extensão da área afetada na pele, a localização das lesões corporais e o peso da pessoa acidentada.
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Águas-vivas em praias cearenses
Corpo de Bombeiros recomenda procura de posto guarda-vidas
No Ceará, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) segue o protocolo nacional do Corpo de Bombeiros para acidentes com cnidários. Entre as recomendações estão as de lavar o local com água salgada ou vinagre para neutralizar a ação da toxina, retirando os tentáculos dos animais cuidadosamente, utilizando utensílios como um palito ou pinça.
Conforme o capitão comandante da Companhia de Salvamento Marítimo do CBM, Rodrigo Carneiro, é importante que, em caso de acidentes com águas-vivas ou caravelas, a população busque o auxílio das equipes dos postos guarda-vidas do CBM, presentes em alguns trechos de orla da capital.
“Em Fortaleza nós temos, por exemplo, onze postos guarda-vidas no trecho da Praia do Futuro. Nesses postos dispomos de todo equipamento necessário para atender esses acidentes e uma ambulância disponível para transferência do paciente em situação mais grave para uma unidade de saúde mais próxima”, afirma.
Onde procurar atendimento
A Saúde do Ceará reforça ainda que as vítimas de acidentes por águas-vivas ou caravelas devem procurar uma Unidade de Saúde, independente da gravidade do caso.
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