Especialista explica como identificá-los
Dicas para não cair no golpe da vaga de emprego e de cursos falsos
Julho, para muitos, é mês de relaxar e viajar para aproveitar as férias escolares. No entanto, para quem está em busca de uma oportunidade de trabalho ou até mesmo do primeiro emprego, este pode ser o momento perfeito para conquistar a vaga dos sonhos. Isso porque muitas vagas estão disponíveis neste período, inclusive temporárias, com grande possibilidade de efetivação.
Dados da ASSERTEM (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) mostram que foram contratados 736.140 profissionais temporários apenas no primeiro semestre de 2023. Já o levantamento mais recente do Novo Caged mostra que em abril, foram abertas 180 mil vagas com carteira assinada no país, número que representa um aumento de 0,42% em relação ao mês de março.
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“Aproveitar o período de férias para realizar novos cursos pode contribuir muito para enriquecer o currículo do candidato e aumentar suas chances de ser chamado para uma entrevista de emprego”, explica Larissa, gerente de R&S da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do Brasil.
Os profissionais, contudo, devem ter cuidado na hora de escolher o curso, principalmente se ele for somente online. Dados da AllowMe mostram que em 2022 as fraudes digitais causaram prejuízo de R$ 551 milhões. Inclusive, o golpe do “falso anúncio” aparece em segundo lugar na lista das fraudes mais aplicadas, representando 37% dos casos.
As vagas de emprego também precisam de atenção. “Infelizmente, muita gente acaba caindo nesses golpes. São perfis falsos que oferecem oportunidades fora da realidade de mercado como remuneração por dia maior que um salário mínimo ou poucas horas de trabalho por um grande salário. Além disso, os impostores ainda criam perfis parecidos com o das empresas nas redes sociais, com fotos e imagens retiradas do perfil oficial”, explica a especialista.
Larissa lista os principais detalhes a que o profissional deve se atentar antes de se candidatar a uma vaga de emprego ou se matricular em um curso livre ou profissionalizante:
- Antecipação financeira
Golpistas sempre pedem um adiantamento financeiro para que o candidato possa participar do processo seletivo. Muitos se passam por recrutadores e afirmam precisar de um “sinal em dinheiro” para que possam garantir a participação do candidato na seletiva. Importante lembrar que as empresas nunca pedem transferências bancárias para isso.
- Erros gramaticais
Os golpistas não se preocupam em passar uma boa imagem ou serem formais, por conta disso acabam cometendo muitos deslizes na escrita ou fala. Por isso, o candidato deve ficar atento se o recrutador comete muitos erros gramaticais durante a conversa por WhatsApp. Profissionais da área, em geral, têm formação universitária e preocupação em representar bem a empresa em que atuam.
- Inscrição em cursos com promessa de emprego
Alguns cursos utilizam uma abordagem de convocação para vaga, porém para seguir no processo seletivo ou ser um aprovado, solicitam o pagamento de um curso que dizem ser obrigatório para exercer a função. Promessa de emprego vinculada a qualquer pagamento deve ser sempre encarada como alerta de golpe.
- Falta de informação
Golpistas costumam passar informações rasas, por isso o candidato deve questionar onde a empresa conseguiu seu contato, qual o endereço da empresa e se tem e-mail com o nome da empresa de que afirma fazer parte. Realizando perguntas simples como essa é possível perceber se se trata de uma empresa real ou não.
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