É raro, mas desta vez os jovens serão os protagonistas no primeiro Clássico-Rei da temporada. Erick Pulga iniciou o ano em alta pelo Alvinegro, sendo uma peça chave que impulsiona o time para o ataque e também contribui com gols. Enquanto isso, do lado Tricolor, Calebe, o principal destaque, ainda é uma incerteza. No entanto, caso não esteja em campo, seu substituto será Kervin Andrade. O venezuelano chegou para compor a base do Leão, mas com muita personalidade, pede passagem no estrelado time principal.
O fato é que na guerra de bastidores do Clássico-Rei, ninguém fornecerá armas para o adversário. Enquanto no Fortaleza a dúvida sobre a presença de Calebe é real, há a certeza de que farão de tudo para tê-lo em campo até o último minuto. Por outro lado, o Ceará ainda é um time em formação, com muitas incertezas por natureza, e Mancini não revelará nada antes da hora.
O Fortaleza deveria ser o favorito para esse jogo, já que vem de uma temporada espetacular, com boa parte da base permanecendo. No entanto, o Leão não vem de boas apresentações recentes. Somado a isso, o fator místico do Clássico-Rei torna o confronto imprevisível. O Vozão pode, sim, surpreender, equilibrando e até vencendo o jogo. Esse suspense nos enche de esperanças de que os torcedores que forem à Arena Castelão acompanharão um grande espetáculo, dentro e fora de campo.
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Um Clássico-Rei que vale muito mais que três pontos:
Ceará e Fortaleza já estão praticamente classificados para as semifinais do Cearense, portanto, em termos de tabela, esse jogo poderia ser considerado um “amistoso” de luxo. No entanto, seria uma heresia tratar nosso mais valioso produto dessa forma. Quem conhece um pouco da história dos Clássicos-Rei e de todo o seu entorno sabe que um jogo dessa magnitude jamais poderá ser tratado dessa forma.
É tanto, que mesmo vindo de resultados negativos na valiosa Copa do Nordeste, ambos os times optaram por utilizar equipes reservas em seus confrontos do meio da semana. Isso fala muito sobre o que podemos esperar desse jogo, e revela muito sobre a essência de um Clássico-Rei na prática.
Se as torcidas de Ceará e Fortaleza iniciaram o ano críticas ao futebol praticado pelas equipes, é certo que hoje teremos um divisor de águas. Caso haja um vencedor, esse time sairá da arena com uma nova aura, apoiado e celebrado nos cânticos de sua torcida. Por outro lado, o time derrotado terá que reconstruir todo o processo de confiança junto ao torcedor. O impacto de um resultado negativo neste clássico é muito mais forte do que em qualquer outro jogo.
Nossa esperança é que o termo ‘Guerra’ seja apenas uma metáfora ultrapassada. Desejamos ter um Clássico-Rei magnífico dentro de campo, mas, principalmente, que a paz possa reinar fora dele. Que o melhor possa vencer e que, após o jogo, todos possam retornar a seus lares tranquilamente!
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