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Varejo aposta no e-commerce para primeira queima de estoque do ano

Vendas do varejo crescem 1,8% em abril, aponta IBGE

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em busca de aquecer as vendas no primeiro trimestre, as tradicionais queimas de estoque começam na primeira semana do ano. Nem mesmo a pandemia de coronavírus, que alterou drasticamente a forma de consumir, mexeu com o otimismo do comércio para o período. Pelo contrário, as liquidações são apontadas por especialistas como uma das alternativas para superar a crise econômica.

De acordo com o economista Marcel Solimeo, embora as promoções de começo de ano não tenham a mesma intensidade da Black Friday, realizada nos meses de novembro, costumam atrair o consumidor.

O publicitário Arconço Teixeira trabalha em casa há meses, por conta da pandemia. No fim de 2020, em vez de compras roupas e presentes, guardou a renda extra para fazer compras para o lar em janeiro, tornando o ambiente mais confortável para a rotina. “Geralmente costumo comprar roupas para as festas de fim de ano. Por conta da pandemia, elas não aconteceram. Eu decidi guardar esse dinheiro e investir no começo do ano, quando as coisas estão mais em conta, para comprar utensílios de casa, tanto para cozinha, quanto pra minha sala”, detalhou.

Pensando em atrair o consumidor que teme sair de casa para evitar aglomerações, os saldões foram estendidos à internet. Os estabelecimentos dos shoppings RioMar, por exemplo, mantém ofertas com 70% de desconto nas lojas físicas e no RioMar Online, serviço de marketplace da rede, que conta com a vantagem de fazer a compra a qualquer hora ou dia, mas com entregas de segunda a domingo, das 10h às 21h.

Os lojistas da Avenida Monsenhor Tabosa estão oferecendo descontos de até 70% de 09 a 31 de janeiro, em segmentos como bolsas e acessórios, vestuário, calçados e artesanato local. “Os consumidores que se programaram e conseguiram economizar durante as festas de fim de ano podem encontrar boas oportunidades de compras pela frente. Para nós lojistas, é uma forma de girar o estoque e nos capitalizarmos para os próximos meses, além de reduzirmos os prejuízos gerados ao longo de 2020”, afirma Márcia Oliveira, presidente da Associação dos Lojistas da Monsenhor Tabosa (Almont).

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Márcia Oliveira pontua ainda que, devido à pandemia, as lojas continuam investindo na venda online pelo Whastapp, Instagram e outras rede sociais, para atender a todos os gostos e necessidades, inclusive com entrega grátis ou com retirada na própria loja. “Nós escolhemos fazer a liquidação ao longo do mês como forma de evitar aglomerações nas lojas, preservando a saúde dos nossos clientes e colaboradores, além claro de atender a todos os protocolos sanitários do decreto estadual. E quem não quer sair de casa, mas deseja comprar, pode sim ter a comodidade de comprar pela internet”, completa.

Com o processo de transformação digital acelerado pela pandemia, itens tecnológicos que ajudem na rotina do “novo normal” estão entre as apostas do comércio para atrair o consumidor disposto a investir no começo do ano. Nesse sentido, destacam-se: aparelhos de áudio e videoconferência para encontros virtuais, teclados e mouses, equipamentos de ergonomia, suportes para notebook, assistentes virtuais, entre outros.

“Após terem sido surpreendidas pela implantação do home-office de forma forçada por conta da pandemia, as pessoas se adaptaram ao modelo de trabalho, passando a buscar produtos que melhorem o desempenho e a qualidade das suas entregas no trabalho remoto”, garante Rubens Branchini, especialista em segurança eletrônica.

Não são apenas as transformações digitais que movem o comércio varejista. As ações de combate ao coronavírus e até a expectativa para a aprovação de uma vacina são motivos de celebração para o setor, que aguarda a normalização das atividades.

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