COVID-19

Curva de mortes no Brasil é quase 4 vezes mais acelerada que a dos EUA

Média móvel no País vem acelerando desde fevereiro e, de lá para cá, taxa de óbitos por milhão de habitantes mais do que dobrou

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28 de março de 2021
Antonio A. F. dos Santos

No momento mais crítico da pandemia, conforme análise de infectologistas, a curva de mortes do Brasil é quase quatro vezes mais acelerada do que a dos Estados Unidos, país onde mais óbitos foram registrados em decorrência de covid-19 no mundo.

Curva de mortes no Brasil é quase 4 vezes mais acelerada que a dos EUA
Vacinação contra a covid-19 em drive-thru montado em Brasília (FOTO: ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO - 23.03.2021)

Desde o dia 21 de fevereiro, a média móvel de mortes semanais não para de crescer no país da América do Sul. Naquela data, o Brasil contabilizava uma taxa de 4,88 óbitos por milhão de habitantes. Nesta sexta-feira (26), o índice havia chegado aos 11,29, ou seja, um crescimento de 131,3% na taxa de mortalidade.

Em relação aos Estados Unidos, em 21 de fevereiro, a taxa de morte por covid-19 era de 5,70 por milhão de habitantes. Nesta sexta, o índice havia caído para 3.

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Os números são do site Our World in Data, plataforma que reúne informações sobre a pandemia em todo o mundo. Os dados são coletados e organizados por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

Cabe ressaltar que o país da América do Norte havia aplicado, até este sábado (27), às 19h, 40,87 doses de vacinas para cada 100 habitantes, enquanto o brasil, 8,81. Ou seja, uma diferença, de mais de quatro vezes na análise proporcional dos dados.

Em números absolutos, os EUA injetaram 133,31 milhões de imunizantes nos braços de seus cidadãos. Já o Brasil, havia aplicado 16,56 milhões de seringas, oito vezes menos comparado ao aos norte-americanos.

Brasil é líder na aceleração dos óbitos

O Brasil não está na frente apenas dos EUA quando se analisa taxa de mortalidade por covid-10. O País da América do Sul tem a maior curva acelerada de mortes entre as nações com mais óbitos.

A taxa de 11,29 mortes para cada milhão de habitantes é bem superior à dos seis países onde a covid-19 fez vítimas fatais.

O México, por exemplo, onde mais de 200 mil pessoas perderam a vida pela doença, tinha, até sexta-feira (26), índice de 4,04. Para comparar com o Brasil, em 21 de fevereiro, quando a taxa começou a subir aqui e não parou mais, o índice lá era de 6,54 óbitos a cada 100 habitantes. Portanto, no México a curva de mortes semanais perdeu ritmo.

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Ranking do número absoluto de mortes

Estados Unidos – 548.087
Brasil – 307.112
México – 200.211
Índia – 161.240
Reino Unido – 126.755
Itália – 107.256

Média móvel de mortes semanais (por milhão de habitantes)*

Brasil – 11,29
Itália – 7,12
México – 4,04
EUA – 3
Reino Unido – 1,03
Índia – 0,17
*Em 26/03/2021

Média móvel de mortes semanais (por milhão de habitantes)**

Reino Unido – 7,20
México – 6,54
Estados Unidos – 5,70
Itália – 5,06
Brasil – 4,88
Índia – 0,07
**Em 21/02/2021

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Vacinação

Especialistas são unânimes em dizer que, para além das medidas de isolamento social e cuidados básicos como o uso de máscara e higienização das mãos, a aceleração da vacinação é fundamental para que o Brasil pare de bater recordes de mortes diárias por coronavírus.

O anúncio ocorreu horas depois de o governo do Estado de São Paulo revelar que Instituto Butantan desenvolveu uma nova fórmula de vacina contra a covid-19.

No último dia 19, foram assinados os contratos para a aquisição de 138 milhões de doses, 100 milhões da vacina da Pfizer, a primeira no país a receber o registro definitivo concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e 38 milhões do imunizante da Johnson.

Escalada de mortes no Brasil

O Brasil registrou, neste sábado (27), 3.438 mortes por covid-19 em 24 horas, segundo dados enviados pelos Estados ao Ministério da Saúde. O número de novos casos diagnosticados foi de 85.948.

Com o balanço de ontem (27), o país totaliza 310.550 mortes e 12.490.362 pessoas diagnosticadas com a doença.

O quantitativo de sábado foi um pouco menor comparado ao do dia anterior (26), quando o País havia anotado mais um recorde diário de óbitos pela doença: 3.650.

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