As barracas de praia estão entre os setores que não foram autorizados, pelo Governo do Ceará, a voltar a funcionar a partir de segunda-feira (12). A decisão, que foi publicada no novo decreto do Estado na noite de ontem (10), surpreendeu e gerou preocupação sobre o destino dos profissionais do setor.

“A nossa atividade está dentro do ramo de alimentação fora do lar”, destaca Fátima Queiroz, presidente da Associação dos Barraqueiros da Praia do Futuro. A estratégia que os empresários da região encontraram para não demitir foi colocar cerca de 70% dos funcionários de férias, segundo Fátima. Contudo, não será possível manter essa situação se os estabelecimentos não voltarem a faturar em breve.

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“Sabe aquela máxima que diz que nós não vamos morrer na praia, pois a gente já desconsidera isso, pois nós estamos sim morrendo na praia”, pontua Fátima. Com grande pesar, a presidente afirma que se não houver políticas públicas que auxiliem os empresários nesse momento “dramático” não será possível garantir os empregos dos trabalhadores do setor.

“Esse vírus está matando as pessoas, matando as empresas, matando a esperança”, desabafa Fátima.

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A profissional ainda faz um apelo aos governos municipal, estadual e federal acerca de medidas que possam ajudar os empresários da região. Ela considera, inclusive, que, nesse processo de retoma, reabrir já é um grande desafio, contudo é preciso resgatar a capacidade de proporcionar renda para as famílias que dependem do setor. “Estamos no mesmo barco”, comenta Fátima.

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Confira as medidas anunciadas pelo governador sobre o fim do lockdown

• O Ceará continuará em isolamento social, com toque de recolher todos os dias das 20h às 5h;
• Isolamento social rígido será mantido nos fins de semana, funcionando apenas as atividades essenciais;
• Passarão a ser liberadas gradualmente algumas atividades comerciais e de serviços com 25% da capacidade, seguindo rigorosamente todos os protocolos sanitários estabelecidos;
• Essas atividades estarão permitidas em horários diferenciados: algumas irão funcionar das 10h às 16h e outras das 12h às 18h;
• Na educação, o ensino infantil, que estava liberado até os 3 anos, será ampliado, permitindo atividades presenciais para crianças de 4 e 5 anos,
• Igrejas estarão autorizadas a receber no máximo 10% da sua capacidade;
• Algumas atividades continuarão ainda sem liberação para avaliação do comitê;
• Todos os espaços públicos e condomínios particulares continuarão restritos.

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