O governo do Ceará já havia negociado 5,8 milhões de doses do imunizante diretamente com o fabricante russo
Sputnik V: “não posso deixar de expressar minha decepção e estranheza”, diz Camilo após reprovação da vacina
Na noite da última segunda-feira (26), a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou a importação da vacina Sputnik V. O imunizante russo era uma das principais apostas de governos do Nordeste, entre eles o Ceará, que já havia negociado a compra de 5,8 milhões de doses diretamente com a fabricante da Rússia.
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Após a decisão pela reprovação, o governador Camilo Santana se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais, destacando o respeito à Anvisa, mas, ainda assim, questionando a reprovação.
“Embora respeite a decisão da Anvisa de veto ao uso emergencial da Sputnik V neste momento, não posso deixar de expressar minha decepção e estranheza, pelo fato da mesma vacina já ser usada em muitos países, e com eficácia demonstrada”, escreveu o governador.
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Além disso, Camilo Santana afirmou que deve continuar em busca da autorização de importação da vacina russa diante da escassez de imunizantes contra covid-19 no Brasil.
“Continuarei lutando por essa autorização, de forma segura e seguindo todas as regras, para podermos trazer a vacina para nossa população o mais rápido possível. Principalmente diante da lentidão do Governo Federal no repasse de vacinas aos estados. O que não aceitarei jamais é que haja qualquer tipo de politização desse processo. Isso é absolutamente inaceitável”, publicou o governador.
Embora respeite a decisão da Anvisa de veto ao uso emergencial da Sputinik V neste momento, não posso deixar de expressar minha decepção e estranheza, pelo fato da mesma vacina já ser usada em muitos países, e com eficácia demonstrada. (cont)
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) April 27, 2021
Anvisa reprova a Sputnik V
Em reunião extraordinária realizada na noite desta segunda-feira (26), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu reprovar a compra e aplicação “excepcional e temporária” da Sputnik V no Brasil. O pedido de importação da vacina russa foi feito por 14 governos estaduais, inclusive o Ceará.
No último dia 12, o governador Camilo Santana havia entrado com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Anvisa autorizasse a utilização de 5,87 milhões do imunizante junto ao Fundo Soberano Russo.
Durante a reunião, o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que o fabricante da Sputnik V não apresentou a análise de segurança da vacina por faixa etária, por comorbidades e para soropositivos para o SARS-CoV-2. Além disso, a empresa também não demonstrou que controla de forma eficiente o processo para evitar outros vírus contaminantes durante a produção do imunizante.
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