Em entrevista exclusiva à TV Cidade, Tasso Jereissati comentou sobre o encontro recente entre os dois ex-presidentes
Tasso elogia diálogo entre Lula e FHC, mas avisa: “necessário, mas não vejo nenhuma sinalização política a partir daí”
Na entrevista exclusiva que concedeu ao Jornal da Cidade nesta segunda-feira (24), o senador Tasso Jereissati (PSDB) falou do andamento das investigações da CPI da Covid e projetou também os cenários para as Eleições de 2022. O senador cearense repercutiu o encontro recente entre os ex-presidentes da república Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Tasso avaliou como positiva a reunião entre o tucano e o petista, uma vez que abre margem para um diálogo saudável entre duas lideranças partidárias que, apesar das divergências políticas, não são inimigos e demonstram insatisfação com o atual Governo, comandado por Jair Bolsonaro. Apesar do aceno para o diálogo, o senador cearense ainda não acredita que possa haver uma aliança entre os dois partidos (PT e PSDB) visando uma candidatura de coalização no 1º turno das próximas eleições.
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“Acho (o encontro) uma necessidade que o País tem de diálogo. Não podemos cair neste clima que estamos vivendo de ódio. Adversários políticos não significa que são inimigos mortais. Adversários políticos convivem com as diferenças, divergências e com as ideias do outro. Essa é a democracia. Esse é o fundo da democracia. Ainda mais quando se tratam de dois ex-presidentes da república, num momento em que o país vive uma crise sanitária, uma crise econômica, uma crise social. É algo natural. Necessário, mas não vejo nenhuma sinalização política a partir daí”, avaliou.
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Tasso revelou ainda que o encontro entre Lula e FHC gerou desconfiança entre alguns correligionários do PSDB. Uma postura refutada por ele. “Em alguns (casou incômodo), sim. Estamos vivendo um clima de polarização muito radical. Esse clima está contaminado quase todo mundo. Mas a nossa proposta, desde a criação do PSDB, é de ser um partido democrata, essencialmente democrata, que convive bem com a divergência. É nosso dever, como democratas, argumentar, discutir, discordar e conviver bem a diferença e respeitá-la. É assim que a gente quer construir a democracia. E não odiando os que quem tem opiniões e posições diferentes de nós”, comentou.
Candidatura a presidência
Questionado se estaria disposto a se lançar candidato a presidência em 2022, Tasso destacou que “ainda é muito cedo”, que “muita coisa ainda vai rolar” e que existem outros bons nomes postos no PSDB. Entre os cotados do partido, estão os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e João Dória (São Paulo).
O senador não revelou sua preferência entre eles. “O importante é que a gente saia dessa polarização, desse ódio extremista de um lado e do outro, que tenhamos um Brasil multipartidário. O melhor candidato é que o tiver maior probabilidade de somar e aglutinar, para que tenha menos candidatos de Centro e que venha com a bandeira de pacificação do Brasil”, afirmou o senador.
Ciro Gomes
Tasso falou ainda sobre Ciro Gomes, antigo aliado político. Ao ser perguntado se os dois seriam aliados nas Eleições 2022, o senador cearense destacou apenas a relação de amizade, respeito e boa convivência entre eles, que devem seguir por caminhos distintos no próximo pleito presidencial. “O Ciro é candidato a presidente e ele tem esse direito, que ele conquistou através de muita luta. Já foi candidato mais uma vez, tem um eleitorado relevante. Ele tem o meu respeito. Convivo com a ligação fraterna, de amigos, mas respeitando as divergências”, pontuou o tucano.
Confira a íntegra da entrevista exclusiva de Tasso Jereissati ao Jornal da Cidade:
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