O músico Wesley Safadão, a sua esposa, Thyane Dantas, e outras seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Ceará no inquérito sobre a vacinação irregular contra a covid-19. As investigações foram encerradas nesta quarta-feira (29), cerca de dois meses após a data da imunização.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Entre os indiciados, sete deles, incluindo Safadão e Thyane, são pelos crimes de peculato e infração a determinação do poder público, que podem chegar a uma pena de 13 anos de prisão, caso sejam somadas. A assessora do cantor, que também se vacinou de forma irregular, foi indiciada por infração de medida sanitária.
Leia também | Covid-19: Ceará tem maior taxa de atraso na 2ª dose do Brasil
Segundo as investigações policiais, três servidores da Secretaria da Saúde do Município de Fortaleza (SMS) atuaram nesta vacinação irregular. Outras duas pessoas, que não trabalham no serviço público, também facilitaram a vacinação de Thyane Dantas, Wesley Safadão e a assessora. Os três servidores teriam agido de forma voluntária e sem qualquer autorização ou ordem da Secretaria da Saúde da Capital.
De acordo com a Polícia Civil, “ficou caracterizado que a vacinação das três pessoas investigadas decorreu de um prévio ajuste entre elas, uma pessoa próxima ao cantor e uma outra pessoa, que por sua vez, possuía contato com os três servidores públicos, descartando a hipótese de coincidência despropositada e/ou falha, a título de culpa, das pessoas que trabalhavam no local”. O órgão afirma, ainda, que não foram encontradas provas de que este caso teria envolvido “vantagem financeira entre as partes envolvidas, mas, tão somente satisfação de interesses pessoais”.
No total, este inquérito policial ouviu 19 pessoas envolvidas, incluindo Safadão e Thyane Dantas, que compareceram à Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) durante este mês de setembro.
Leia também | Segunda dose de AstraZeneca será aplicada somente em agendados hoje; confira as listas
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<