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Com alta da Selic, rendimento da poupança melhora mas perde para a inflação

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Foto: Daniel Isaia/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, na última quarta-feira (27), mais um aumento na Selic. A taxa foi de 6,25% para 7,75% ao ano.

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A Selic, considerada os juros básicos da economia brasileira, é também o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, basicamente porque, em patamar mais baixo, ajuda a aquecer a economia, estimulando o consumo e o setor produtivo, pois o crédito fica mais barato. Por outro lado, acaba desestimulando que as pessoas guardem dinheiro, já que os rendimentos ficam menores.

Já a elevação da Selic tende a segurar os preços, porque acontece o inverso: como o crédito fica mais caro, as pessoas tendem a poupar mais e gastar menos.

As variações da Selic interferem diretamente em alguns rendimentos. Como a poupança, que é o investimento mais popular do Brasil e que tem regra de remuneração atrelada à taxa básica de juros.

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A poupança estava rendendo 0,36% ao mês e 4,38% ao ano com a Selic em 6,25%. Agora, com a elevação da taxa para 7,75%, a rentabilidade da poupança passa a ser de 0,44% ao mês e 5,43% ao ano.

Ou seja, um investimento de R$ 1 mil na poupança hoje renderia, num prazo de 12 meses, R$ 54,30 para o investidor. Um rendimento que, como já tem acontecido há meses, perde para a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado pelo IBGE fechou acumulando alta de 10,25% nos últimos doze meses até setembro.

Para comparação, se o rendimento da poupança fosse pela inflação, os ganhos sobre os mesmos R$ 1 mil, em um ano, seriam de R$ 102,50.

Vale destacar, porém, que os depósitos na poupança feitos até abril de 2012, antes das regras atuais entrarem em vigor, rendem 0,50% ao mês e 6,17% ao ano – ou R$ 61,70 para cada R$ 1 mil aplicados em 12 meses.

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