85% dos pais e mães ensinam aos filhos sobre a importância de ter uma vida financeira saudável. Mas, no dia a dia, nem sempre é fácil manter o planejamento das contas e gastos. É o que aponta a pesquisa Finanças Infantis, realizada pela Serasa. O estudo é sobre hábito dos pais e mães em relação a finanças e seus filhos.
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Apesar da boa vontade de ensinar sobre controle de gastos em relação a renda, cerca de 67% dos entrevistados disseram já ter ficado com o nome sujo, e 66% atrasaram o pagamento de contas básicas. O impacto de ter o nome sujo no mercado gera consequências que devem ser alertadas às crianças e adolescentes. É o que diz Natália Dirane, gerente de marketing da Serasa.
“(É) difícil ficar com o nome sujo. A pessoa, muitas vezes, tem consequências em relação ao acesso ao crédito, dificuldade de pagar as contas de casa, preocupação, né? De ter os serviços básicos cortados ou dificuldades gerais… então faz sentido que esses adultos, esses pais, eles desejem que seus filhos não passem por essa situação”, relata.
Natália Dirani afirma ainda que envolver a criança no planejamento e orçamento familiar é o primeiro passo para a educação financeira. “Quebrar o tabu de falar com os filhos, com as crianças, sobre dinheiro. É muito importante abordar conceitos básicos de educação financeira e evoluir esses conceitos conforme a idade da criança. De ter uma quantia guardada, aprender a a consumir esse dinheiro, organizar esse dinheiro para realizar sonhos”.
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As técnicas para ensinar os mais jovens a ter controle do próprio dinheiro ou fazer um planejamento financeiro para o futuro são muitas: desde mesadas, poupança, contas digitais, até investimentos em nome dos pequenos. No entanto, educação financeira não é igual para todos. Faz sentido falar do tema com famílias de baixa renda, que vivem com menos de um salário mínimo? O economista, o educador financeiro Francisco Rodrigues da Silva, acredita que sim.
“Mesmo não tendo todos os recursos disponíveis, quando obtermos esses recursos, nós vamos administrar corretamente. Só que aí tem o problema do analfabetismo financeiro, que é uma das maiores causas de endividamento da população. Boa parte dessas famílias de baixa renda estudaram até o quinto ano do ensino fundamental ou até o nono ano do ensino fundamental. Como essas pessoas vão educar seus filhos se não tiveram essa educação financeira no passado?”, aponta.
Pela pesquisa da Serasa, quase 70% dos pais e mães consideram a escola como fundamental para ensinar os filhos sobre finanças, e 65% acreditam que a internet também é um canal importante. O estudo ouviu quase 1.300 pessoas, em todas as regiões do país, em setembro deste ano.
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