A cada semana milhares de trabalhadores entram de licença devido ao acometimento das doenças.
Covid-19 já causou afastamento de 1.500 trabalhadores e fechou 30 agências bancárias em Fortaleza
As agências bancárias e do comércio são dois dos setores da economia cearense que mais tiveram trabalhadores afastados em Fortaleza por conta do surto de casos de Covid-19 e síndromes gripais no Estado. Os representantes das duas categorias relatam estarem sofrendo com inúmeras baixas, uma vez que a cada semana milhares de trabalhadores entram de licença devido ao acometimento das doenças.
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Somente esta semana o setor de bancos registrou o fechamento de 30 agências bancárias em Fortaleza por falta de funcionários, que tiveram suspeita ou confirmação de Covid-19, bem como têm sido acometidos pelo surto de Influenza H3N2 que o Estado enfrenta.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo, a entidade já vem alertando, há várias semanas, o setor patronal sobre um possível aumento de casos devido as festas de fim de ano. “Mas a situação nos surpreendeu devido o alastramento muito rápido e o aparecimento da influenza. Os bancários são muito vulneráveis, pois trabalham em local fechado, com pouca ou nenhuma renovação de ar, com grande risco de contaminação pelo atendimento direto ao público. Havíamos solicitado ao Governo do Estado que incluísse os bancos na lista dos setores onde deve ser exigido o passaporte de vacina, mas ainda não fomos atendidos”, afirmou.
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Carlos Eduardo observou que o setor bancário é um dos únicos que constituiu uma mesa de negociação com o setor patronal com relação a questões ligadas a Covid-19 e síndromes gripais. “O fechamento das agências é decidido em comum acordo quando do aparecimento de casos ou de suspeitas. Os trabalhadores doentes são isolados de acordo com os protocolos e aqueles que tiveram contato também, até que faça um teste que indique se está contaminado ou não”, frisou.
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O representante do Sindicato dos Bancários fez um apelo ainda pedindo a compreensão da população para só se dirigir às agências em casos que não possam ser resolvidos por aplicativo ou caixas eletrônicas, para evitar que mais casos possam surgir. O dirigente observou ainda que o Sindicato está em alerta para receber qualquer denúncia de constrangimento por parte dos patrões que tentem obrigar os trabalhadores doentes a trabalhar.
Desfalques por Covid-19 nas agências bancárias e no comércio
O drama vivido pelo setor bancário não é muito diferente da situação vivida entre os trabalhadores do Comércio. O presidente do Sindicato dos Comerciários, Sebastião Costa, afirmou que tem várias empresas que estão fechando setores por falta de trabalhadores. “Temos visto muitos casos positivos. Estimo que mais de 50% da categoria está afastada devido a Covid-19 e sintomas gripais, mas isso é algo que verifico na visita as lojas, não temos estatísticas sobre isso”, destacou.
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O representante dos comerciários pontuou que nesta sexta-feira (21), às 13h, o Sindicato realizará uma reunião para se posicionar sobre a situação. “Vamos elaborar uma pauta de reivindicações e levar para o Prefeito e Governador. Temos assento no Comitê Estadual da Covid e vamos apresentar lá o quadro real que a categoria vem enfrentando. Mas a situação está ocorrendo em várias categorias. Os comerciários são mais vulneráveis pelo contato direto com a população”, declarou.
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