Serão beneficiados projetos de qualquer área do conhecimento, em instituições (públicas ou privadas sem fins lucrativos) do Ceará, que sejam coordenados por mulheres.
Mulheres na Ciência: Governo do Ceará lança edital de R$ 3 milhões para apoio de pesquisadoras
A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), agência do Governo do Ceará que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), lançou nesta quinta-feira (11) o edital “Mulheres na Ciência”, que prevê investimentos de R$ 3 milhões no apoio de projetos de pesquisa de mulheres pesquisadoras, de qualquer área do conhecimento, em instituições (públicas ou privadas sem fins lucrativos) do Ceará, que sejam coordenados por mulheres.
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O anúncio foi feito no Dia Internacional das Mulheres na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, em data instituída pela ONU. Um estudo realizado pela Funcap para avaliar e quantificar o desequilíbrio entre gêneros na ciência do Ceará mostrou a necessidade e a relevância da execução de ações afirmativas visando atenuar essa desigualdade. Diante desse cenário, o Governo do Estado considerou que o edital chega em um momento oportuno, tendo em vista que um dos maiores déficits da presença feminina ocorre precisamente na chefia de projetos de pesquisa.
De acordo com a Secitece, serão concedidos, na iniciativa, até R$ 130 mil por projeto para cobrir despesas de capital e custeio, de acordo com a necessidade definida pela pesquisadora responsável. É possível, também, destinar até 30% do valor total para Bolsas de Apoio Técnico (BAT).
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Estudos recentes no Brasil e no mundo têm mostrado uma significativa assimetria de gênero na distribuição de recursos para a realização de projetos de pesquisa científica. A constatação levou as Nações Unidas a incluírem, na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o Objetivo nº 5, que trata especificamente do enfrentamento a esse problema.
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Embora a presença de mulheres na ciência tenha crescido nos últimos anos, gradativamente, atingindo patamares similares à participação masculina, ainda existe um grande desnível, quando se examina a presença feminina no protagonismo dos projetos científicos e, de maneira geral, nas instâncias superiores da ciência.
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