Treze municípios cearenses estão envolvidos, de forma direta, nessa questão.
Entenda o litígio de terras que Ceará e Piauí enfrentam há mais de 300 anos
A população cearense agora pode entender melhor o litígio de terras entre os estados do Ceará e do Piauí. Por meio do Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec), da Assembleia Legislativa (AL) do Ceará, acontece a distribuição de cartilhas informativas sobre essa situação. O público-alvo é principalmente os moradores da região da Serra da Ibiapaba que são diretamente afetadas com essa disputa.
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Luís Carlos Mourão, coordenador do comitê, informou que o objetivo dessa iniciativa é esclarecer aos moradores da área exatamente do que se trata essa disputa, que se arrasta por mais de 300 anos entre os dois estados.
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Treze municípios cearenses estão envolvidos, de forma direta, nessa questão: Carnaubal, Crateús, Croatá, Granja, Guaraciaba do Norte, Ipaporanga, Ipu, Ipueiras, Poranga, São Benedito, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará.
Luís Carlos Mourão explica que o órgão tem se feito presente em todas as comunidades que podem ser afetadas pelo litígio. “Estamos distribuindo uma cartilha física, que também está disponibilizada no site da AL em formato digital na página do Celditec, com todo o histórico da questão do Ceará com o Piauí”, informa.
Além da distribuição da cartilha, no final do ano passado, foi enviado pelo Celditec um ofício às prefeituras da região solicitando a lista dos equipamentos públicos construídos e políticas desenvolvidas. “Estamos agora cobrando a resposta de todos os municípios que estão na área em litígio, para fundamentar o processo”, acrescenta Luís Carlos.
Clique e confira a cartilha que explica tudo sobre o assunto
Litígio de terras entre Ceará e Piauí
De acordo com a cartilha, há três séculos, o Piauí tenta anexar a Serra da Ibiapaba ao seu território. A primeira tentativa foi feita no ano de 1720, quando o Mestre de Campo das conquistas do Piauhy, Bernardo Carvalho de Aguiar, conseguiu uma Ordem Régia que mandava “anexar a aldeia da Ibiapaba à jurisdição da capitania do Piauí”. Essa Ordem Régia foi revogada pelo rei em 1724, ficando toda a Serra da Ibiapaba em território cearense.
A segunda investida do Piauí ocorreu no ano de 1743, quando o vigário da freguesia de Piracuruca acionou o bispo do Maranhão. Já a terceira foi em 1761, quando João Pereira Caldas, governador da recém-instalada capitania de São José do Piauí, em ofício enviado ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, requereu “à sujeição dos índios que habitam na Serra da Ibiapaba, à capitania do Piauí”. Novamente o território da Ibiapaba ficou de posse do Ceará.
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