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Junho: Mês da Conscientização da Infertilidade

Foto: Divulgação

Junho é considerado o mês Mundial de Conscientização da Infertilidade e é importante falar desse assunto para incentivar casais a não desistirem desse sonho. A conscientização a respeito desse diagnóstico é fundamental, já que em muitos casos há um tratamento específico por meio dos avanços da medicina reprodutiva.

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A infertilidade é uma condição que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta cerca de 190 milhões de pessoas em todo o mundo. As dificuldades com a fertilidade decorrem desde doenças crônicas até maus hábitos alimentares. Muitos são os mitos que envolvem a infertilidade masculina e feminina, por isso a conscientização sobre o tema é tão importante.

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A infertilidade é definida como a ausência de gestação após 1 ano de tentativas, com relações sexuais regulares e na ausência de métodos anticoncepcionais. Como a fertilidade natural é altamente sensível ao avanço da idade, o fato de postergar a maternidade (por questões profissionais, familiares, econômicas) favorece o surgimento de patologias do aparelho reprodutor, tanto masculino quanto feminino.

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Um dos mitos mais comuns sobre o tema é de que a infertilidade masculina estaria relacionada com a potência, virilidade e desempenho sexual. Segundo o Dr. Eduardo Miranda, andrologista , isso não é verdade.

A saúde das células reprodutivas masculinas, os espermatozóides, não tem relação alguma com o desempenho sexual do homem, nem os óvulos com o desempenho da mulher.

Aproximadamente 30% das causas de infertilidade são exclusivamente femininas, outras 30% de origem isoladamente masculina, e os outros 40% se atribuem a causas mistas (quando há fator feminino e masculino associados) ou a infertilidade de origem desconhecida (infertilidade sem causa aparente – ISCA).

De acordo com a OMS, um em cada cinco casais têm problemas para engravidar. Muitos acreditam que a mulher é a responsável pela dificuldade do casal, porém as causas de infertilidade masculina existem e são mais comuns do que se imagina.

Ainda segundo a OMS, os homens são responsáveis em 50% dos casos de infertilidade do casal.
Maus hábitos também podem influenciar na saúde reprodutiva masculina e feminina. O tabagismo é um dos principais vilões. Nos homens, a nicotina pode causar tanto disfunção erétil como comprometer a qualidade e motilidade dos espermatozoides. Nas mulheres, o cigarro diminui tanto a qualidade quanto a quantidade de óvulos e aumenta a probabilidade de abortos espontâneos.

A obesidade é outro fator que contribui para a infertilidade. Segundo a Dra. Raquel Mattos, “a obesidade é uma das principais causas endocrinológicas nas mulheres que pode levar a um desequilíbrio hormonal”.

Isso interfere na ovulação e diminuindo as chances de engravidar de forma natural, já nos homens a obesidade interfere na qualidade e quantidade de espermatozoides produzidos.

A idade avançada também dificulta a gravidez. No caso das mulheres, quanto mais avançada a idade, menor será a qualidade e quantidade de óvulos, já que as mulheres nascem com a quantidade de óvulos que terão durante toda a vida.

A poluição do ar, exposição a produtos químicos e agrotóxicos, má alimentação e o edentarismo são outros fatores que podem prejudicar a fertilidade tanto masculina como feminina. Casais que desejam engravidar e estejam com dificuldades, devem consultar um (a) médico (a) e rever os seus hábitos.

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