O portal GCMAIS ficou em 1º lugar na categoria reportagem escrita, no Prêmio TJCE de Jornalismo 2022, do Tribunal de Justiça do Ceará, com a reportagem especial “Eu, presente: minha cidadania em papel”. O resultando foi anunciado nesta quinta-feira (19), em solenidade realizada na Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará, em Fortaleza. A rádio Jovem Pan News ficou em 2º lugar na mídia radiofônica, na mesma premiação.
A matéria especial, escrita pelo jornalista Glauber Sobral, debateu a importância do acesso ao registro civil, contextualizou as ações que estimulam o acesso à cidadania e ainda falou sobre o trabalho desempenhado pela justiça cearense para o acesso aos direitos fundamentais.
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O “Prêmio TJCE de Jornalismo 2022” contemplou os profissionais que produziram material jornalístico, veiculado em 2022, relacionado ao Poder Judiciário do Estado do Ceará, sobre os temas: difusão do papel do Poder Judiciário cearense; iniciativas de promoção e defesa da cidadania; pacificação social e humanização ou projetos de inovação, incluindo os avanços tecnológicos.
Confira trecho da reportagem premiada
Eu, presente: minha cidadania em papel
Seu Adalberto, 72 anos, segura forte a nova certidão de nascimento. Natural de Boa Viagem, no interior do Ceará, o idoso, que vive em situação de rua, exibe “feliz” o papel.
“O registro é importante demais, é sagrado, né? Tô me sentindo muito realizado”, conta, entusiasmado.
O idoso foi um dos beneficiados com a edição de novembro do “Caminhos da Visibilidade”, programa idealizado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que aconteceu no dia 24 deste mês, na Praça da Bandeira, em Fortaleza.
Quinze de fevereiro de mil novecentos e cinquenta. O novo documento mostra, por extenso, a data de nascimento de Seu Adalberto. A partir dali também inicia um recomeço, acredita o simpático homem. Para ele, a certidão de nascimento surge como uma nova oportunidade de encarar os desafios do dia a dia. O idoso não lembra exatamente quando perdeu os documentos. A memória falha.
“Estou sem registro desde 2010. Não lembro muito bem, mas acho que até antes”, avisa, sem cerimônias.
Com o documento na mão, seu Adalberto se sente uma nova fortaleza. Ele está aberto para viver novas histórias, afirma.
“No período sem registro sofri preconceito, impugnações. As pessoas diziam: ‘deixa para ajudar outro, ele está sem registro”, detalha, triste, o homem.
Agora, tudo o que aconteceu antes daquele momento é passado. E ele convence que não está errado.
“Hoje, eu sou um gigante baluarte feliz. É um prazer muito grande”, diz ele, emocionado.
Daqui para frente, a única coisa que ele deseja lembrar do passado são os nomes dos seus pais, escritos na certidão em letras maiúsculas: DOLORES SUASSUNA LEMOS e GABRIEL FERNANDES LEMOS.
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